O indivíduo, de 43 anos, vai ser sujeito a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação Foto: Freepik
Um dos membros do gangue suspeito de crimes violentos contra idosos, incluindo homicídio, ocorridos no ano passado na região Centro, e que se encontrava “a monte”, foi agora detido pela Polícia Judiciária.
A detenção do indivíduo, de 43 anos de idade, foi levada a cabo através da Diretoria do Centro da PJ, com o apoio do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, dando cumprimento a mandados de detenção.
O suspeito, que vai ser presente ao Tribunal de Leiria para aplicação das medidas de coação, está acusado da “prática de diversos crimes de roubo, de sequestro e de um homicídio, nos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Pombal, Figueira da Foz e Coimbra”, estando o julgamento do grupo já marcado.
Em comunicado, a PJ refere que os membros do gangue atuavam “encapuzados” e, “por meio de arrombamento de portas ou janelas e usando armas brancas e bastões, penetravam em casas isoladas, habitadas por pessoas idosas, que eram surpreendidas durante a noite”. As vítimas eram “agredidas de forma gratuita, com extrema violência e depois amarradas”.
Outros quatro elementos do grupo, então com idades entre os 22 e os 28 anos, foram detidos no dia 11 de setembro do ano passado, no âmbito da “Operação Sénior” que incidiu em diversos locais da faixa litoral, entre as cidades da Figueira da Foz e a Marinha Grande, recorda a PJ. Na ocasião, foi ainda detido em flagrante delito um outro homem, suspeito de integrar o mesmo grupo, pela posse de estupefacientes.
Aquando da operação, haveria registo de 29 vítimas deste grupo, tendo uma senhora com 85 anos, residente em Pombal, sucumbido a hemorragias internas provocadas pelas agressões que sofreu.
O assalto ocorreu na noite de 21 de julho de 2018, em Roussa, freguesia de Pombal, tendo a vitima e o marido sido surpreendidos por três indivíduos que lhes invadiram a casa à procura de dinheiro e objetos valiosos, e violentamente agredidos.
Num outro caso, ocorrido em junho, os assaltantes agrediram e torturaram um homem de 74 anos durante mais de uma hora e meia. Dada a gravidade das lesões sofridas, a vítima esteve internada durante vários meses.
Sujeitos a primeiro interrogatório judicial, apenas um dos cinco elementos então detidos ficou em prisão preventivo, ficando os restantes obrigados a termo de identidade e residência. Decisão que terá surpreendido e caído mal entre os investigadores tendo em conta a gravidade dos crimes, noticiou o Jornal de Notícias.
MR