Dave Douglas & Uri Caine Duo atua esta quinta-feira, 31 de outubro, no Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha
É um exercício quase quixotesco o que tem permitido afirmar o Caldas nice Jazz no cenário nacional. Carlos Ribeiro Mota luta contra os “moinhos” da limitação orçamental para montar um festival internacional está já na oitava edição. “Não temos financiamento adequado para os grupos que gostaríamos e os que se oferecem não são o que queremos”, explica o diretor do Centro Cultural e de Congressos (CCC) de Caldas da Rainha. Por isso, todos os anos Carlos Ribeiro Mota se lança numa tarefa de “garimpo”: na internet e em incursões a pequenos clubes europeus, prescruta “tesouros” desconhecidos para depois os mostrar nas Caldas. “Há um trabalho de pesquisa sistemático de procura de novos grupos internacionais”, para perceber o que está emergente e que ainda é possível contratar. Assim foi possível levar às Caldas da Rainha nos últimos anos “músicos que eram desconhecidos e hoje são monstros sagrados do jazz mundial”. Construir “um festival desta dimensão com as condições que temos é uma tarefa que se revela quixotesca”, frisa. Mas, aos poucos, o Caldas nice Jazz ganha reputação, depois de ter nascido para criar um fluxo de público no Oeste, para juntar aos muitos estrangeiros interessados no estilo que ali residem. “O festival foi amadurecendo, mais do que crescendo”, nota Carlos Ribeiro Mota. Em 2019, o programa integra 14 momentos musicais, entre os concertos principais e a programação Jazzout, que leva música a cafés, museus e até à estação rodoviária. Pelo Caldas nice Jazz deste ano já passou logo a abrir, em outubro, Brad Mehldau, nome incontornável do jazz mundial. O Centro Cultural e de Congressos recebeu também já a Orquestra Jazz de Matosinhos, a polaca Kinga Glyk e a sueca Isabella Lundgren, além de outras atividades e atuações, que decorreram em diversos pontos das Caldas da Rainha. Na reta final, há ainda para ouvir outros dois nomes consagrados, que sobem ao palco do CCC este dia 31 de outubro, Dave Douglas e Uri Cane Duo, “figuras do jazz mundial”, frisa o diretor. Dia 1 de novembro o convidado é o Pedro Moreira Sax Ensemble, que conta com oito saxofonistas, o contrabaixo de Mário Franco e a bateria de Luís Candeias, liderados por aquele que é “provavelmente um dos músicos portugueses mais bem cotados no mundo”. A fechar o festival, dia 2 de novembro, em Caldas da Rainha ouve-se o britânico Matthew Halsall, revelação no jazz espiritual, “à semelhança de John Coltrane ou Bill Evans”.Caldas nice Jazz dá a ouvir as referências internacionais do futuro
Este artigo tem mais de 5 anosCom passos seguros, o Caldas nice Jazz tem crescido, proporcionando nas Caldas da Rainha uma programação de concertos jazz de qualidade, com valores consagradores e revelações. A oitava edição acontece até 2 de novembro.
Jacinta disse:
Caldas da Rainha NÃO É Leiria!