O Politécnico de Leiria iniciou hoje os rastreios de covid-19 à comunidade académica das suas cinco escolas e unidades de investigação, medida que vai ser repetida todos os meses, de forma aleatória.
“Lançámos hoje o programa de rastreio aleatório na comunidade académica do Politécnico de Leiria, em todas as escolas e unidades. O que fizemos foi estratificar a nossa população – estudantes, professores, técnicos, administrativos, bolseiros, investigadores – por escola, aleatoriamente, selecionando um determinado número de forma regular”, explicou à Lusa José Carlos Gomes, pró presidente que hoje acompanhou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, a diferentes unidades da instituição em Leiria.
O também responsável pelo plano de contingência da instituição acrescentou que a medida tem uma periodicidade mensal.
“Vamos tentando perceber se identificamos algum caso ou não. Identificando, ajuda-nos a introduzir medidas de correção na comunidade. Não identificando, mostra que estamos a conseguir cumprir com a garantia de segurança para todos dentro do espaço”, afirmou.
Em Leiria, o rastreio está a ser realizado no laboratório montado no ciTechCare – Centro de Inovação em Tecnologias e Cuidados de Saúde do Politécnico de Leiria, em colaboração com o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral e com a Cruz Vermelha.
No laboratório do Cetemares, centro de investigação em Peniche, a colaboração é feita com o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte.
“Neste momento temos capacidade para realizar mais de 200 testes por dia, mas poderemos chegar aos 300 se for necessário. A nossa ideia era encontrar soluções para garantir a colheita e uma resposta rápida que, muitas vezes, é necessária nestes aspetos”, concretizou.
José Carlos Gomes revelou que o Politécnico de Leiria contabilizou até hoje oito infetados, “todos eles casos importados que acabaram por entrar na comunidade [académica]”.
“A infeção não aconteceu nos nossos ‘campi’. Com a colaboração de todos, sobretudo de estudantes, conseguimos com sucesso quebrar todas as cadeias de contágio, até agora”, adiantou.
José Carlos Gomes informou ainda que o laboratório covid-19 foi criado na unidade de investigação Cetemares, da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Politécnico de Leiria, em março.
“Foi ali, porque era onde tínhamos o equipamento necessário para rapidamente responder às solicitações”, justificou.
Desde então, já foram realizados “centenas de testes” a lares e pescadores, em colaboração com os ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do Mar.
“Também realizámos outros testes através de protocolos com câmaras municipais e com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, para dar resposta a alguns surtos que surgiram a norte do distrito de Lisboa, nomeadamente nas empresas relacionadas com a produção frutícola, entre outras”, precisou.
O Politécnico de Leiria tem escolas e unidades em Leiria, Caldas da Rainha, Peniche e Marinha Grande. Possui ainda um polo em Torres Vedras.
A comunidade académica abrange cerca de 14.600 pessoas, incluindo alunos, bolseiros, investigadores, docentes e funcionários.