Num contexto de apertos orçamentais, o Instituto Politécnico de Leiria experimenta fechar escolas durante 12 dias para cortar nas facturas da água, luz, limpeza e segurança.
Se não há aulas, por que não poupar? Esta terá sido a ideia que, aliada ao actual momento de crise que atravessa o país, motivou o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) a fazer as contas e a decidir ensaiar a poupança de 2.800 euros por cada um dos doze dias em que, durante Agosto, vai reduzir ao mínimo a actividade nas suas escolas.
Com orçamentos apertados e perante a necessidade de evitar despesa não essencial, os responsáveis do IPL preparam uma redução dos serviços em pleno mês de Agosto.
As contas estão feitas e há já uma ideia do volume de poupança que a medida, que vai ser colocada em prática nas cinco escolas superiores do instituto e no Centro de Formação para Cursos de Especialização Tecnológica, de 8 a 19 de Agosto. Baseado nos gastos efectuados durante o mês de Agosto do ano passado, o IPL estima que a poupança possa atingir qualquer coisa como 33.654,40 euros.
É certo que os ganhos totais efectivamente conseguidos só serão medidos depois de, a 30 de Setembro, todas as escolas terem entregue um relatório em jeito de balanço das poupanças e respectivos impactos. E caso se revele eficaz a experiência deste ano poderá ser repetida.
Contudo, para já, a maior poupança prevista será registada, naturalmente, no complexo que reúne a Escola Superior de Tecnologia e Gestão e a Escola Superior de Saúde. Aqui, entre luz e água, aponta-se para uma redução de quase 10 mil euros. Outra importante fatia na poupança, cerca de 14.800 euros, será conseguida com os serviços de limpeza e segurança que deixarão de ser necessários neste período.
A medida vem sendo preparada há vários meses, e saiu de um despacho do presidente do IPL, Nuno Mangas, em Abril. Aí se dá conta do contexto de contenção que justifica a medida, se esquematizam as linhas essenciais para a sua implementação e que passam, entre outras, pela negociação da “marcação de férias dos colaboradores, preferencialmente, para o período em questão”.
Outra das sugestões aponta para que, durante o período em que a actividade é reduzida aos mínimos essências, seja concentrado um número máximo de colaboradores nos mesmos edifícios, com o intuito de permitir o encerramento do maior número de edifícios.
Serviços mínimos garantidos
Os doze dias de duração deste período experimental que pretende reduzir ao mínimo os custos de funcionamento das escolas, não excluem o atendimento ao público. Este plano prevê que seja assegurado o funcionamento da recepção e de um secretariado de apoio nos serviços centrais do IPL. Já as chamadas telefónicas dirigidas directamente às escolas deverão, de 8 a 19 de Agosto, ser reencaminhadas para sede do politécnico.
Carlos S. Almeida