O Grupo Lusiaves pretende ampliar a capacidade da sua unidade avícola de produção em fase de recria situada na Quinta do Banco, na freguesia dos Marrazes, de modo a poder produzir 81 mil galinhas e galos por ano.
O pedido de “Licenciamento ambiental da instalação avícola da Quinta do Banco III”, apresentado pela empresa Pintogal, detida a 100% pelo grupo avícola, está em consulta pública até ao último dia de agosto e inclui também o “aumento da capacidade instalada na unidade avícola de produção de aves”.
A exploração dispõe de dois pavilhões, um destinado a galinhas e outro a galos, existindo ainda outros edifícios e infraestruturas de apoio à instalação, cuja capacidade se pretende aumentar de 38.500 para 45 mil aves (destas, seis mil serão galos).
Segundo os documentos constantes do pedido de licenciamento, “as aves chegam à instalação avícola com um dia de vida, permanecem na fase de cria seis semanas e na seguinte, de recria, ficam em média entre 12 a 13 semanas, até terem 20 semanas de vida”.
Após a conclusão destas fases, são transportadas para as unidades de postura do Grupo Lusiaves, no espaço de três dias. As instalações permanecem então em vazio sanitário por um período de cinco a seis semanas, após o qual é iniciado um novo ciclo de produção.
Em resultado da ampliação das instalações, podem ser criados anualmente 90 mil galinhas e galos (o que se traduz numa produção efetiva de 81 mil, já que 10% das aves morrem), serão consumidos 3.000m3 de água, 20 TEP [tonelada equivalente de petróleo] de energia elétrica, 90 toneladas de biomassa, 40 toneladas de casca de arroz e 700 toneladas de ração.
O projeto prevê que as águas residuais industriais, resultantes da lavagem dos núcleos avícolas, que acontecem duas vezes por ano, sejam enviadas para tratamento na ETARI da Unidade de Abate e Transformação de Aves da Lusiaves, na Marinha das Ondas.
Os efluentes domésticos produzidos no filtro e nas instalações sanitárias serão encaminhados para a ETAR do Norte do Município de Leiria.