O desfile comemorativo da revolta de 18 de janeiro de 1934, pelas 11h15 de dia 18, seguido de intervenções junto ao monumento ao Vidreiro, são algumas das principais atividades promovidas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira para comemorar os 90 anos do levantamento operário.
Nesse dia, o município leva a cabo várias atividades no Museu Joaquim Correia com a participação de alunos do concelho em momentos musicais e de poesia, bem como de dramatizações referentes à efeméride. À noite Manuel Cruz atua, em concerto, no Teatro Stephens.
O programa engloba iniciativas de várias entidades. Na quarta-feira, dia 17, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (STIV) organiza um jantar-convívio, na Sociedade de Beneficência e Recreio 1.º Janeiro, na Ordem, com animação musical. Segue-se, às zero horas, uma salva de morteiros e fogo-de-artifício.
No dia 18, pelas 10 horas, está agendada a romagem aos cemitérios de Casal Galego e da Marinha Grande, com a colocação de flores nas campas dos prisioneiros por participação no Movimento Operário do 18 de Janeiro de 1934.
Depois, realiza-se um desfile comemorativo do 18 de Janeiro intitulado ‘Por mais salário, pelo fim da precariedade’.
Com o apoio da Câmara da Marinha Grande, integram ainda as comemorações do STIV a atuação do grupo de percussão Tocándar, pelas 12 horas, junto ao Monumento do Vidreiro, com intervenções sindicais, com a participação da comissão executiva da CGTP-IN.
As iniciativas prosseguem no dia 20, com o teatro infantil ‘A vendedora de Assombrações’ do Grupo Teatro Pirata e modelagem de balões e pinturas faciais no ‘foyer’ do Museu do Vidro.
As comemorações encerram no dia 13 de abril, com o Festival do Vidreiro, pelas 20h30.
Numa nota de imprensa, o STIV lembrou que foi num “clima de opressão, miséria e revolta que, na madrugada de 18 de Janeiro de 1934, os vidreiros da Marinha Grande saíram à rua de armas na mão”.
“Da repressão que se seguiu, resultaram centenas de prisioneiros que foram encher os cárceres fascistas. Mas podemos dizer que o 18 de Janeiro traduz o espírito da independência do Movimento Sindical face ao Estado. Em 18 de Janeiro de 1934, os vidreiros da Marinha Grande prestaram, com a sua heroica ação, um grande serviço a todos os operários portugueses”.
O Município da Marinha Grande comemora o 90.º aniversário da revolta do 18 de Janeiro de 1934, com atividades que vão decorrer no Museu Joaquim Correia e no Teatro Stephens, “como forma de recordar e homenagear os operários vidreiros que participaram neste movimento”, refere uma nota de imprensa da autarquia.
No dia 18 de janeiro, realiza-se, no Museu Joaquim Correia, um momento musical, com os alunos do 2.º ciclo da Escola Básica (EB) Nery Capucho, no âmbito do projeto cultural educativo do Plano Nacional das Artes (PNA).
Seguem-se dramatizações e poesia, pelos alunos do 1.º ciclo da EB Casal de Malta (Projeto Pim, Pam, Pum… e as artes!) e interpretação de temas infantis pelos estudantes do 1.º ciclo da EB da Comeria.
No Teatro Stephens, a partir das 21h30, está previsto um concerto de Manel Cruz.