O Guinness World Records (GWR) tornou pública esta quinta-feira, 22 de fevereiro, a decisão de retirar o título de “cão mais velho do mundo” ao Bobi, o cão que vivia nos Conqueiros, no concelho de Leiria, e que faleceu em outubro passado.
A instituição iniciou em novembro passado uma investigação a todas as distinções atribuídas nas categorias de “cão mais velho do mundo” e “cão mais velho vivo”, altura em que um grupo de veterinários internacionais questionou a longevidade do patudo.
Num comunicado publicado na sua página de internet, o GWR afirma que “já não possui as provas necessárias” para apoiar a atribuição do título ao cão.
O patudo leiriense recebeu os títulos em fevereiro de 2023, ao atingir 30 anos de idade, segundo o tutor, Leonel Costa, de Leiria. Viria a morrer aos 31 anos e 5 meses, devido a um tumor perianal.
“Uma das provas centrais do Bobi eram os dados do microchip provenientes do banco de dados do Governo português, o SIAC, que, ao que parece, quando foi atribuído o microchip em 2022, não exigia prova de idade para cães nascidos antes de 2008”, explica Mark McKinley, diretor de recordes do GWR, citado em comunicado.
“Com a declaração veterinária adicional fornecida como prova para a idade do Bobi, também citando os dados do microchip, ficamos sem provas conclusivas que possam definitivamente comprovar a data de nascimento de Bobi”, acrescenta.
Na mesma nota, o responsável adianta que, “neste momento, simplesmente não podem manter o Bobi como detentor do recorde”.
A instituição garante estar disponível para avaliar novas provas. “O proprietário do Bobi foi informado das conclusões da investigação”, completa o GWR.
O REGIÃO DE LEIRIA tentou contactar o dono do cão, Leonel Costa, mas sem sucesso até à hora de publicação desta notícia.