A Academia Portuguesa de História atribuiu o prémio “Fundação Calouste Gulbenkian – História da Europa 2011” ao livro “O Portal de Santa Maria da Vitória da Batalha e a arte europeia do seu tempo”, da autoria de Jean-Marie Guillouët, editado pela Textiverso, de Leiria.
A obra bilingue (Francês/Português), lançada este ano, é o primeiro volume da colecção Portugalia Sacra, dirigida por Saul António Gomes.
Carlos Fernandes, da editora Textiverso, considera a distinção da Academia Portuguesa de História, antes de mais, “um prémio para o autor, para o trabalho que fez, que é pioneiro no capítulo da investigação sobre o Mosteiro da Batalha propriamente dito”.
O responsável reconhece que o prémio destaca “o trabalho de uma editora pequena”, sendo também “para todas as editoras de Leiria, todas contempladas neste prémio”.
“Premeia o autor, editor e a tradutora, Cecília Basílio, e quem dirige a colecção, o professor e historiador leiriense Saul António Gomes”, sublinha Carlos Fernandes.
Segundo o editor, está previsto o lançamento de outros livros da colecção “Portugalia Sacra”, alguns dos quais sobre a região de Leiria. “Há outras obras previstas nesta colecção e que agora têm de ser mais bem crivadas. A responsabilidade é bem acrescida depois deste prémio”, sublinha.
A entrega do prémio “Fundação Calouste Gulbenkian – História da Europa 2011” está agendada para o dia 7 de Dezembro, às 15 horas, na Academia Portuguesa de História, em Lisboa.
Em “O Portal de Santa Maria da Vitória da Batalha e a arte europeia do seu tempo”, Jean-Marie Guillouët apresenta o resultado da análise à iconografia do Mosteiro da Batalha, a partir do portal principal do mosteiro, durante muito tempo um enigma no panorama monumental português do fim da Idade Média, pelo seu carácter de ruptura com o anterior edificado em Portugal, tanto a nível estilístico como iconográfico.
No livro agora premiado, Jean-Marie Guillouët reconstitui o percurso das oficinas de escultores que terão contactado com os trabalhos franceses mais ilustres no fim do século XIV, operado na Catalunha e Levante peninsular antes de se dedicarem à criação do portal da Batalha, no segundo quartel do século XV. Um estudo que contribui para a tomada de consciência da amplitude e riqueza dos intercâmbios artísticos na Europa do final da Idade Média.
pelada disse:
Só os ricos podem realizar obras destas…aqueles que não precisam de ganhar o pão de cada dia…