Confesso que, muitas vezes, tenho pena dos pobres homens que nos tentam entender. Tudo começa na conquista, quando nós, moças de coração generoso, lhes fazemos acreditar que eles nos escolheram. A verdade é que nós é que os selecionamos e, depois, para lhes massajar o ego, os encorajamos com subtilezas e fazemos com que eles acreditem o contrário. Na relação em si, acabamos quase sempre por levar a água ao nosso moinho, que é como quem diz, acabamos quase sempre por conduzir a vida do casal para onde queremos. Eles assistem, acenam que sim e acreditam que a escolha é dos dois.
Nós não damos tréguas e eles, grande parte das vezes, têm razão para se sentirem desnorteados. Às vezes, queremos um homem sensível e fofinho ao nosso lado. No dia seguinte já queremos um homem forte que nos proteja de tudo. Uns dias gostamos de um homem que nos aconselhe sobre o que vestir, mas há dias em que não achamos nenhuma piada que o homem critique a escolha da nossa roupa. E, quando o assunto é o peso, é o verdadeiro drama. Acho mesmo que nenhum homem conseguiu ainda descobrir a resposta certa à pergunta “Achas que estou mais gorda?”.
É claro que isto pode nem ser verdade para a maioria dos casais. Talvez seja só eu que tenho a mania que sei tudo. Isso e porque me apeteceu aproveitar abril e escrever sem receios o que penso, mesmo que não tenha razão (que tenho!).
(texto publicado a 24 de abril de 2013)
E. Martins disse:
…mas tem razão!