Opinião

Já na fase final da elaboração deste texto ousei perguntar “Quem fez Abril?” à ferramenta dita de “inteligência artificial” que o meu processador de texto me sugeriu. Obtive uma interessante resposta que começava assim: «Homens e mulheres corajosos, determinados a mudar o curso da história».

Sabia (sabíamos) que vivíamos em ditadura, que não eram garantidos os direitos e liberdades básicos, que havia presos políticos e pessoas perseguidas. Mas não fazia (fazíamos) ideia de que o fim do “Estado Novo” estava ali mesmo à nossa frente.

O “Filhos da Madrugada” tocou tardes a fio, enquanto estudava ou jogava computador. Foi escolha obrigatória durante os exames da faculdade, soou no rádio do carro quilómetros sem fim e continua lá em casa, devidamente guardado.

Tal como eu, a minha geração também está desiludida. E eu compreendo isso, o que não compreendo é a forma como os jovens, como eu, olham para o país, esquecendo o percurso que fizemos até aqui.

Vivi quase toda a minha infância em Moçambique. Quando cheguei à “Metrópole “no final de junho de 1972, encontrei um país triste e frio, apesar de estarmos no verão

Deixei de ir, mas não abandonei os valores que me passaram. Mais tarde, enquanto estudante de fotografia em Lisboa, redescobri o interesse através de uma lente, o que me levou a escolher o jornalismo como forma de participação cívica.

Nunca vivi sem liberdade. Sempre fui boa de conversa, às vezes falei (e ainda falo) demais, mas nunca me foi colocado um travão.

É tão bom termos orgulho nos mais novos e sentirmos que vale a pena darmos exemplo, e que o mundo está bem entregue.

No cenário fragmentado das últimas eleições, nenhum dos três maiores partidos consegue garantir a estabilidade de um governo.

Estou ciente da importância que é representar os portugueses, principalmente quando a democracia e os valores europeus estão tão fragilizados quanto agora.

Ontem como hoje, há um consenso que emerge como mais-valia incontornável: na vida de estudante e no mundo profissional, as competências pessoais fazem a diferença.

De acordo com a legislação em vigor, os menores nacionais e os menores estrangeiros residentes legais em Portugal que pretendam ausentar-se e viajem desacompanhados de ambos os progenitores, deverão exibir uma autorização de saída emitida por quem exerça a responsabilidade parental.

E este é o cerne da questão, Portugal precisa de um governo que faça uma coisa simples - resolva os problemas das pessoas.

Boa surpresa é verificar, no que toca ao quadro institucional, que o projeto da oposição democrática moldou a realidade, obviamente, graças à Constituição que três anos mais tarde o veio a acolher.

Podemos debruçar-nos sobre o custo que esta obra trouxe para o concelho e que continuaremos a pagar, segundo as previsões, por mais quatro anos, mas também já é tempo de começarmos a olhar para o estádio como uma máquina em constante produção.

"As Forças Armadas atingiram uma situação crítica e não possuem capacidade para defender o território nacional, que é euro-atlântico, ou proteger as rotas marítimas".

"Queremos, cada vez mais, evadir-nos de uma rotina que nos torna máquinas; procuramos os palcos da paz, onde a verdade, a beleza e a esperança nos extasiem"

Ao longo de 56 semanas fui construindo a essência, o SER, destas crónicas com Sorrisos, Elogios e Reflexões servidos com simplicidade, sabendo que é tão simples complicar a comunicação e tão difícil comunicar simples e eficazmente.

Regressar a Abril só faz sentido para garantir o futuro. Os políticos e dirigentes têm o dever de escrever uma nova página na vida democrática do país.

É claro que cada empresa tem o seu nível de desenvolvimento e a sua velocidade de adaptação às novas regras e às novas tecnologias. No entanto, em determinadas áreas, é mesmo indispensável fazer um esforço para evoluir rapidamente.

Gostaria que fosse unânime entre todos quantos se reveem nos Valores de Abril a total rejeição deste entendimento salazarento – ilegalizar e perseguir.

Viajar até ao Gungo é também fazer uma viagem interior, refletir naquilo que temos e que não valorizamos e no que não temos e eles têm.

Quem descure a memória de alguém que foi assassinado por ter lutado pela democracia poderá sentir-se bem nela?

É nas zonas de latitudes intermédias, como as de Portugal e a dos países da Europa central, que mais se justifica ajustar os horários oficiais à duração do dias e das noites