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Ex-ministro Manuel Pinho regressa à Bordalo Pinheiro

Um ano depois da primeira reunião com os trabalhadores da Bordalo Pinheiro das Caldas da Rainha, quando perto de 200 postos de trabalho estavam em risco, Manuel Pinho regressa (amanhã) à fábrica centenária para assinar a data.

Um ano depois da primeira reunião com os trabalhadores da Bordalo Pinheiro das Caldas da Rainha, quando perto de 200 postos de trabalho estavam em risco, Manuel Pinho regressa (amanhã) à fábrica centenária para assinar a data.

“É uma visita que tem por base a grande empatia que ficou entre o Dr. Manuel Pinho (ex-ministro da Economia) e alguns dos trabalhadores que viveram aqueles dias de desespero e de luta” disse à Lusa Carlos Elias, que há um ano liderou a comissão de trabalhadores do Bordalo Pinheiro.

“Vamos assinalar o aniversário da primeira reunião que tivemos, com um encontro de amigos, porque é assim que o considero, e que acredito que me considera a mim, depois de ao longo deste ano termos falado ao telefone quase todas as semanas” acrescenta.

Um ano depois de terem passado meses de angústia, com ordenados em atraso e na eminência de ver a empresa fechar as portas, a maioria dos trabalhadores recorda com simpatia o envolvimento do então Ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, no processo que culminou com a aquisição da empresa pelo Grupo Visabeira, a 31 de Março de 2009.

A luta dos trabalhadores, que em Dezembro de 2008 recusaram assinar contratos de rescisão com a anterior administração, centrou sobre a empresa as atenções de vários sectores da sociedade, desde os sindicatos a artistas que subscreveram uma petição contra o encerramento da mais antiga cerâmica caldense.

Nove meses e meio depois de o Grupo Visabeira ter adquirido a empresa a satisfação com a nova gestão parece unânime.

“Os ordenados estão em dia” esclarecem uns. “Temos sido bem tratados e não temos queixas”, ressalvam outros ouvidos pela Lusa à saída da fábrica.

Quinta-feira, durante o almoço com Manuel Pinho, poderá ser o momento de algumas revelações, disse à Lusa fonte da empresa cuja administração considera “prematuro” divulgar quaisquer projectos.

Até lá, como dizem os trabalhadores “é esperar para ver” qual será o futuro da empresa e dos 172 trabalhadores que há um ano venceram a luta pela manutenção dos postos de trabalho e da cerâmica artística Rafael Bordalo Pinheiro das Caldas da Rainha.

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