A erosão na margem norte da Lagoa de Óbidos está a alastrar a grande velocidade, colocando em risco a conduta submarina que transporta os esgotos de Caldas da Rainha, alerta o presidente da autarquia.
Segundo a agência Lusa, Fernando Costa enviou uma carta à ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, solicitando uma reunião de emergência, no local ou no ministério, para dar conta da situação da Lagoa de Óbidos.
De acordo com Fernando Costa, “a situação está a agravar-se todos os dias”, já que “cada vez a erosão da margem norte é maior e cada vez a água está mais perto do exutor, da estrada e dos bares”.
A decisão anunciada por Dulce Pássaro, durante o Governo Presente no distrito de Leiria, de que as dragagens na Lagoa de Óbidos iriam arrancar ainda este ano, deixou, na altura, o autarca satisfeito, mas agora este pede ao Governo e ao Instituto da Água (que tutela as intervenções na Lagoa) “mais celeridade”.
“A deslocação da aberta [canal que liga a Lagoa ao mar] para norte tem sido tão galopante que o assunto deve ser resolvido ainda mais rápido do que o que estava programado”, alerta.
O presidente da câmara considerando que “pode demorar 15 dias ou um mês, mas também pode demorar dois dias ou três” para que o mar chegue ao exutor que transporta os esgotos do concelho das Caldas da Rainha.
Se nada for feito, avisa, “está eminente a ruptura” e, dependendo da força das marés, “pode haver uma catástrofe ambiental mais cedo do que se espera”.