As buscas para encontrar o estudante universitário de 22 anos que desapareceu no mar, hoje de madrugada, após cair da falésia no Cabo Carvoeiro, em Peniche, mantêm-se mas ainda sem êxito.
O estudante, de 22 anos e residente em Porto de Mós, tinha saído do mestrado que está a fazer em biotecnologia dos recursos marinhos na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTTM), localizada a um quilómetro do local do acidente, acompanhado de mais dois colegas da mesma idade e a frequentar a licenciatura em biologia marinha.
Os três, habituados às saídas para o mar e detentores do curso de mergulho, “foram passear e ver o mar” no Cabo Carvoeiro.
“Estes alunos de biologia marinha têm fascínio pelo mar e estão habituados a lidar com o mar e desceram a escada habitualmente frequentada por pescadores e turistas e foram colhidos por uma onda”, contou à Agência Lusa a diretora da escola, Teresa Mouga, que já falou com um deles.
O estudante em mestrado foi arrastado pelo mar e os outros dois conseguiram escapar da forte ondulação e, na impossibilidade de abrirem o carro que tinham deixado estacionado, “foram a pé até à casa de um colega que mora perto da escola”, que os transportou ao hospital de Peniche devido aos ferimentos.
“Um deles fez um traumatismo severo [e foi reencaminhado para a urgência do hospital de Caldas da Rainha e daí para um dos hospitais centrais de Lisboa para fazer exames] e o outro entrou em hipotermia e em estado de choque”, adiantou.
Após o alerta dado cerca das três horas, durante a madrugada e manhã um helicóptero da Força Aérea coadjuvado por um outro meio aéreo da proteção civil estão a sobrevoar a zona onde ocorreu o acidente.
No mar, a corveta António Enes, que está deste quinta feira na zona desde que desapareceram quatro pescadores ao largo da Lourinhã, foi chamada a participar nas buscas, bem como uma equipa de resgate em grande ângulo dos bombeiros de Peniche.
A escola já disponibilizou apoio psicológico à comunidade escolar e à família do estudante desaparecido, que de manhã foi também acompanhada no local do acidente por psicólogos do Instituto Nacional de Emergência Médica.
A Polícia Judiciária, cujos investigadores estiveram no local a recolher provas, está a investigar os contornos do acidente.