Cerca de meia tonelada de explosivos foi detetada no alegado esconderijo da ETA, em Casal da Avarela, concelho de Óbidos, anunciou hoje o comandante do Centro de Inativação de Explosivos da GNR, Hélder Barros.
“Trata-se de uma garagem anexa a uma casa a qual contém uma grande quantidade de material explosivo e diversos ingredientes que são utilizados na sua fabricação artesanal”, acrescentou Hélder Barros.
O capitão da GNR adiantou que algum do material encontrado, que disse não poder especificar, “estava, de facto, preparado para, com uma pequena alteração, ser introduzido no local e detonar”, mas negou que pudesse explodir a qualquer momento.
“Esse perigo não existe porque quem quer que estivesse a utilizar este espaço tinha o material em condições de segurança para a qualquer momento e, de uma forma rápida, pegar nele” e transportá-lo.
Segundo Hélder Barros, entre “cinco a dez” explosivos estavam preparados para detonar, sendo cada um “suficiente para provocar uma detonação grande, de um raio de 150 a 200 metros”.
Entre o material localizado, o responsável apontou “uma embalagem que, devido à sua composição”, deveria ter como objetivo “fabricar um engenho tipo lapa que é acoplado normalmente à parte de baixo de viaturas”.
O capitão da GNR explicou que no decurso da operação de deteção do material foi usado um robô.
“Estamos a falar de uma garagem que está cheia de material, entre material explosivo e algum material inerte. Da nossa parte tem de haver uma minúcia muito grande porque há sempre a probabilidade de este material estar armadilhado e, portanto, este trabalho tem de ser feito sempre à distância”, justificou, salientando que para esse efeito a GNR possui o robô que “permite salvaguardar a vida do operador”.