A maioria PSD da Câmara de Pombal chumbou uma proposta do PS, que previa um desconto de 20 por cento nas facturas da água de famílias com rendimentos inferiores ao salário mínimo nacional e consumos até 15 metros cúbicos. O executivo defende que a sugestão socialista é “pouco reflectida” e “desajustada da realidade”.
Para os sete vereadores sociais-democratas, o regulamento actualmente em vigor é “mais eficaz”do que aquele que propunha o PS. Desde 2000 que o município pode isentar totalmente do pagamento das facturas da água famílias carenciadas. Contudo, o desconto só se aplica a agregados familiares com consumos até 10 metros cúbicos.
Adelino Mendes, vereador do PS, critica o facto de, no regulamento actual, não haver critérios definidos para a atribuição dos subsídios e de o desconto estar associado ao consumo. “Uma família de seis pessoas pode passar por dificuldades, mas de certeza gasta mais de 10 metros cúbicos de água”, justifica.
Além disso, o socialista considera que o facto de haver apenas 41 famílias a beneficiar do apoio é uma prova de que o apoio social não está a ser garantido da forma mais correcta.
Apesar das críticas socialistas, a proposta foi chumbada por todos os vereadores da maioria PSD. “É a democracia a funcionar”, ironizou o presidente da Câmara, Narciso Mota, que acusou os vereadores do PS de estarem apenas à procura de “poder e protagonismo político”.
Sandra Mesquita Ferreira
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