Vários pais e encarregados de educação acorreram esta manhã à escola sede do Agrupamento de Escolas da Batalha com o intuito de levarem os filhos mascarados antes do final das aulas. Esta afluência anormal à escola surge depois da polémica proibição do uso de máscaras e disfarces de Carnaval na escola.
A afluência de encarregados de educação e mesmo de responsáveis de espaços de tempos livres, ficou a dever-se à alteração e nervosismo de alguns alunos da escola perante a confusão gerada.
A escola tem cerca de 500 crianças dos primeiro e segundo ciclo. O problema foi despoletado pelo facto de alguns alunos terem ido mascarados para a escola depois da direcção do agrupamento o ter proibido na véspera.
A confusão saiu da proibição por parte da direcção da escola, tornada pública na véspera, de uso de máscaras no dia de hoje, um dia normal de aulas na escola da Batalha.
A informação da proibição foi ontem transmitida aos alunos na sala de aula e não formalmente aos encarregados de educação que não receberam nenhum documento escrito. A única informação prestada aos encarregados de educação foi o recado transmitido pelos alunos – caso estes o tenham de facto transmitido aos pais – e um ofício afixado na portaria da escola.
Esta manhã, vários encarregados de educação manifestaram ao REGIÃO DE LEIRIA o seu desagrado com a situação que consideraram absurda. A Associação de Pais, por sua vez, adiantava a intenção de reunir nos próximos dias para analisar medidas a tomar na sequência dos acontecimentos desta manhã.
Fernando Sarmento, director do Agrupamento de Escolas, adiantou ao REGIÃO DE LEIRIA que a escola não impediu os alunos mascarados de frequentarem as aulas nem solicitou aos encarregados de educação que os viessem buscar antes do final do período lectivo.
“Eu até gosto do Carnaval”, referiu o responsável máximo do agrupamento que justificou a proibição com alguns acontecimentos no início da semana, que consistiram no arremesso de bombas de mau cheiro por parte de alguns alunos. Fernando Sarmento admite, contudo, que os encarregados de educação deveriam ter sido formalmente avisados da proibição.
Carlos S. Almeida
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