Uma viola, um berimbau, uma sanzula, ferrinhos e pandeiretas, mais um pau-de-chuva. Os instrumentos fazem a música que a SAMP leva todas as semanas à Psiquiatria do Hospital de Santo André, em Leiria. A musicoterapia revela-se, às vezes, tão importante como um fármaco no tratamento das doenças mentais.
O REGIÃO DE LEIRIA fez uma viagem ao 4º piso do Hospital, onde as dores da mente e da alma ocupam os dias e as noites. E onde “todos nós temos um lugar guardado”, como costuma dizer o psiquiatra António Cabeço, director daquele serviço.
Que o diga Márcia Ferreira, que aos 23 anos de uma vida saudável, se viu de repente do lado de dentro daquele 4º piso, com crises de ansiedade diagnosticadas, uma gaguez que chegou a ser completo mutismo, e finalmente a fala resgatada pela música. É ela, afinal, o caso mais marcante de sucesso na musicoterapia.