O alargamento do IC2 prevê um sublanço de um quilómetro a partir da freguesia de Azoia até ao nó do IC 36, via que vai ligar as auto-estradas 1 e 8 em Leiria.
A obra vai ter perfil de auto-estrada, com separador central e vias colectoras para tráfego local. Estes dados foram revelados numa sessão de esclarecimento sobre o alargamento do IC2 que ontem decorreu em Leiria.
Já nos restantes três quilómetros, até ao nó com a estrada nacional 109, na freguesia de Marrazes, o projecto contempla igualmente o perfil de auto-estrada, com separador central e duas faixas com três vias cada, prevendo-se o seu início em Abril.
Esta obra integra a concessão rodoviária Litoral Oeste que inclui ainda, nos lanços sem portagem, o IC9 entre Nazaré e Tomar e as variantes de Alcobaça e Nazaré, assim como a Cintura Oriente e a Via de Penetração, ambas em Leiria.
Contempla também a concepção, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração e conservação, com cobrança de portagem aos utentes, do IC36 e da Variante da Batalha ao IC2.
Nélia Pinto, da empresa projectista da obra, referiu que o troço do IC2 objecto de intervenção não possui separador de tráfego, tem cruzamentos de nível, viragens à esquerda e falta de homogeneidade, “o que origina deficientes condições de circulação”.
A responsável mostrou-se convicta de que o investimento vai melhorar o nível de serviço, reduzir os tempos de percurso, melhorar a segurança rodoviária e a redução da sinistralidade.
Câmara de Leiria satisfeita com a obra, apesar dos constrangimentos
O presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, disse estar satisfeito com o projeto de alargamento do itinerário complementar (IC) 2, acreditando que vai melhorar a segurança rodoviária.
“Penso que é extremamente importante que esta obra avance para salvaguarda de todos nós e para melhorar a segurança rodoviária”, afirmou Raul Castro, no final da sessão de esclarecimento sobre o investimento, que reuniu cerca de 80 pessoas.
O autarca admitiu que pode existir alguma contestação à obra, dado estar prevista a expropriação de cerca de 50 parcelas de terreno em quatro quilómetros de extensão, mas salientou que esse é o “custo da modernidade”.
Um desses casos pode levar ao encerramento de uma empresa, reconheceu o presidente do município, que manifestou o desejo de que a unidade “se mantenha no concelho”.
“Estamos preocupados, mas não tínhamos alternativa”, afiançou, reconhecendo ainda que no decurso da obra pode ser complicada a circulação automóvel em direcção à cidade de Leiria.
“Acho que vai valer a pena o sacrifício que vamos ter todos que fazer para podermos alcançar este resultado”, adiantou, frisando que se trata de uma obra “para poucos meses”.