O Presidente da República afirmou sábado, na Batalha, que os combatentes são um pilar essencial da reserva moral da nação, defendendo que o seu espírito de serviço e de luta pelo bem comum devem ser prosseguidos por todos os portugueses.
“O espírito de serviço e de luta pelo bem comum, tão queridos aos combatentes, têm de ser prosseguidos por todos os portugueses”, disse Cavaco Silva, que presidiu às cerimónias comemorativas do Dia do Combatente e do 92.º aniversário da Batalha de La Lys.
Para o chefe de Estado, “nas dificuldades que vivemos não podemos deixar de mobilizar estas capacidades e qualidades, ativos que tão importantes podem ser para as ultrapassar”.
O comandante supremo das Forças Armadas considerou: “Temos de reconhecer que a felicidade de cada um, tão exaustivamente procurada, está muito dependente da capacidade de nos realizarmos como grupo de forma solidária”.
“É preciso, sobretudo, criar um ambiente de responsabilidade individual e social assente em valores como os da honestidade, do reconhecimento do mérito, da verdade e, em especial da honra”, adiantou, sustentando que “importa erguer Portugal com sentido de inclusão, sem esquecer ninguém, sem deixar para trás”.
A este propósito, o Presidente da República referiu que “os combatentes têm este espírito bem inculcado no seu carácter”, salientando que “importa que sejam capazes de o disseminar na nossa sociedade e que estejamos todos disponíveis para o absorver”.
“É tempo de nos unirmos e identificarmos o que podemos e devemos fazer por Portugal”, acrescentou Cavaco Silva para quem “cada português tem de ser um combatente de Portugal”.
“Só assim fará sentido o sacrifício de tantos combatentes que nos precederam e que hoje, aqui, homenageamos”, concluiu.
Depois do discurso e da condecoração do estandarte do Regimento de Artilharia n.º 4, de Leiria, Cavaco Silva dirigiu-se ao interior do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, onde assinou o livro de honra da Liga dos Combatentes.
De seguida, participou na homenagem junto ao túmulo do soldado desconhecido, local em que as diversas entidades presentes, onde se incluía o ministro da Defesa Nacional, depositaram flores.