O Tribunal Judicial de Pombal aplicou uma pena de 18 anos e seis meses de prisão a Abel R., suspeito de ter morto a mãe e desmembrado o seu cadáver, que escondeu durante dez meses no apartamento onde residia, em Albergaria dos Doze, Pombal.Recorde-se que Abel R., de 36 anos de estava acusado pelo Ministério Público (MP) dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver.
Na leitura do acórdão, Maria João Velez, juíza presidente do colectivo sublinhou que o suspeito tinha a “intenção concretizada de matar a mãe”. Consciente dos seus actos, segundo a juíza, Abel R. mesmo sofrendo de um distúrbio bipolar, “actuou sempre de modo livre”.
Portador de um “nível intelectual superior à média” Abel R. apresenta ainda níveis excessivos de ansiedade e pouca tolerância à frustração.
Ciente da pena atribuída, a juíza salientou ainda que a pena não é tão severa quanto a sociedade estaria à espera, mas “é relativamente pesada”, já que uma das regras da sociedade é a protecção entre pais e filhos.
João Henriques Marques, advogado de Abel R., em conversa com os jornalistas, sublinhou a elevada relevância atribuída à reconstrução dos factos e a diminuta importância atribuída à psicose do arguido. Para o advogado de defesa o recurso é uma hipótese a considerar.
Anabela Pato
anabela.pato@regiaodeleiria.pt
maria amélia disse:
assim vai a justiça…ou o q a sociedade defende..Daqui a x anos, este doente sai da prisão, onde cumpriu a pena, com uma conduta irrepreensível, sendo certo que um doente dipolar, se não estiver controlado "medicado"pode fazer qualquer coisa, e este senhor já fez e não foi "qualquer coisa". Será que ninguém entende que para esste tipo de sujeitos a prisão não é entendido como castigo, ou punição..é um sitio..como outro qualquer. Sem tratamento psiquiatrico adequado, não estamos a reabilitar ninguém..o sistema judicial Falhou. Um dia a vitima pode ser um filho meu.