A empresa Roca S.A., de produção de louça sanitária, vai abrir no próximo verão, em Lisboa, uma galeria para mostrar a marca e fomentar a aproximação à comunidade, anunciou hoje o diretor geral, Jorge Vieira.
“O Roca Gallery Lisboa é um espaço de comunicação com a sociedade”, explicou Jorge Vieira, à margem de uma visita dos finalistas do Roca Concurso Nacional de Design às duas unidades de produção de Leiria da multinacional Roca.
Segundo o responsável, “pretende-se um espaço aberto que, à parte de poder comunicar aquilo que é o produto em termos de apresentação física, se vai dedicar também a explorar os valores e as preocupações sociais e ambientais do grupo”.
Por outro lado, o objetivo é que a galeria possa “interagir com a sociedade”, recebendo exposições e lançamento de livros, entre outras iniciativas.
O responsável afirmou que o investimento, superior a cinco milhões de euros, vai ficar na Praça dos Restauradores, mas ainda não tem data de abertura dada a reformulação das “características do espaço em função da uniformização com os outros espaços similares que estão previstos a nível mundial”.
“Nesta altura está já aberto o Roca Barcelona Gallery e irão abrir também nos próximos meses em Londres e em Madrid”, adiantou o diretor geral da Roca, S.A., esclarecendo que esta é “uma filosofia de comunicação dos valores da marca que carece uma identidade comum” e que vai abranger “transformações noutros espaços que hoje em dia são ‘showroom’ tradicional da marca dispersos por vários países onde a empresa já está instalada comercialmente”.
As duas unidades de Leiria da Roca S.A., com cerca de 600 trabalhadores e um volume de negócios o ano passado superior a 50 milhões de euros, têm uma capacidade instalada para produzir 2,5 milhões de peças de louça sanitária anualmente.
Neste momento, a produção anual de peças é na ordem de 1,8 milhões de peças, acrescentou Jorge Vieira, reconhecendo que se o mercado não aumentar “será difícil voltar a ritmos de plena capacidade instalada a funcionar”.
O diretor geral declarou que o grande projeto para 2010 “passa, acima de tudo, por ultrapassar o que não é uma época fácil em termos de mercado”.
“O nosso setor está bastante golpeado pela baixa da construção, embora a reabilitação de edifícios continue como uma actividade que é permanente e que agora assume maior importância face à ausência de construção nova nas quantidades que existiam noutra época”, referiu.
O responsável adiantou, contudo, que “nunca são de descurar os investimentos em prol da eficiência do processo produtivo” assim como “o desenvolvimento de novos produtos em substituição de outros que terminarão a sua vida”.