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Bento XVI sublinha papel de Fátima na salvação da humanidade

O papa Bento XVI sublinhou hoje o papel reservado a Fátima na salvação da humanidade, afirmando que “iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída”.

O papa Bento XVI sublinhou hoje o papel reservado a Fátima na salvação da humanidade, afirmando que “iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída”.

“Aqui revive aquele desígnio de Deus que interpela a humanidade desde os seus primórdios”, disse o pontífice, avisando que “o homem pôde despoletar um ciclo de morte e terror, mas não consegue interrompê-lo”.

Na homilia da eucaristia a que preside no Santuário de Fátima, perante milhares de peregrinos, Bento XVI disse que “na Sagrada Escritura, é frequente aparecer Deus à procura de justos para salvar a cidade humana e o mesmo faz aqui, em Fátima”.

O papa recorreu às “Memórias” da Irmã Lúcia para enquadrar esta afirmação, lembrando quando “Nossa Senhora pergunta [aos três pequenos pastores]: ‘Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele mesmo é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?'”.

“Com a família humana pronta a sacrificar os seus laços mais sagrados no altar de mesquinhos egoísmos de nação, raça, ideologia, grupo, indivíduo, veio do Céu a nossa bendita Mãe oferecendo-se para transplantar no coração de quantos se Lhe entregam o amor de Deus que arde no seu”, disse o papa.

Perante uma assembleia com muitos jovens, que ao longo da manhã não se cansaram de fazer a festa, Bento XVI evocou o exemplo dos beatos Francisco e Jacinta Marto e da Irmã Lúcia, lembrando que “então, eram só três, cujo exemplo de vida irradiou e se multiplicou em grupos sem conta por toda a superfície da terra, nomeadamente à passagem da Virgem peregrina”, votando-se “à causa da solidariedade fraterna”.

“Exemplo e estímulo são os pastorinhos, que fizeram da sua vida uma doação a Deus e uma partilha com os outros por amor de Deus”, disse Bento XVI, acrescentando que “Nossa Senhora ajudou-os a abrir o coração à universalidade do amor”.

“De modo particular, a beata Jacinta mostrava-se incansável na partilha com os pobres e no sacrifício pela conversão dos pecadores. Só com este amor de fraternidade e partilha construiremos a civilização do Amor e da Paz”, frisou.

“Possam os sete anos que nos separam do centenário das Aparições apressar o anunciado triunfo do Coração Imaculado de Maria para glória da Santíssima Trindade”, desejou ainda Bento XVI na homilia da eucaristia que encerra a peregrinação de 12 e 13 de maio ao Santuário de Fátima.

Bento XVI presidiu hoje à sua segunda eucarisitia durante a visita a Portugal, que termina sexta feira no Porto, depois de uma nova celebração na avenida dos Aliados.

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