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Cultura

Concertos de taças e gongos: sons do Tibete para Leiria meditar

Estar num concerto deitado no chão pode parecer estranho. Mas não é, quando se procura meditar, recuperar energias e libertar tensões enquanto se ouvem “sons do Tibete”.

Estar num concerto deitado no chão pode parecer estranho. Mas não é, quando se procura meditar, recuperar energias e libertar tensões enquanto se ouvem “sons do Tibete”.

As vibrações sonoras transmitidas por taças e gongos tibetanos são usadas como forma de relaxamento, criando um ambiente propício à tranquilidade, concentração meditativa ou simplesmente para deixar o pensamento vaguear.

Teresa Valente, intérprete deste tipo de concertos, descreve-os como um “misto de forma de arte e exercício espiritual, até porque as taças têm poderes terapêuticos, que trabalham em todos os campos do ser humano”.

Em Leiria, concertos assim acontecem mensalmente na ZED Florals (antigo ginásio dos Capuchos). Em Junho acontece o 16º destes cada vez mais concorridos concertos de taças e gongos tibetanos.

As sessões na ZED Florals dos Capuchos são coordenadas e interpretadas por Teresa Valente, de Aveiro, que depois de participar num evento do género, sentiu curiosidade e procurou workshops e palestras para poder aprender mais e realizar os seus próprios concertos.

A última sessão, realizada no início de Maio, contou com a participação de 28 pessoas, um público heterogéneo, composto por adultos e crianças de várias idades. Ao som de taças tibetanas, do “tam tam” e do “feng” (dois tipos de gongos tibetanos), o público foi convidado a pensar no que quisesse, ao contrário do que aconteceu nas sessões
mensais anteriores, cujo tema era fixo.

Teresa Valente tem vindo a desafiar os participantes a reflectir acerca de temas diversos, relacionados como os quatro elementos, compaixão ou amor. As “melodias” são pensadas na hora, consoante o público presente na sala. O ritmo é adequado aos participantes e vai sendo estabelecido intuitivamente através das energias e das reacções de cada um.

“Tento transmitir a melhor forma de sentir o som”, afirma a intérprete. No final das sessões o contentamento é notório. “As pessoas ficam rendidas às taças”, garante Teresa Valente. E normalmente voltam para a próxima sessão.

Nídia Menino
Sabrina Rodrigues (fotografias)


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