O Governo Civil de Leiria anunciou hoje ter pedido ao Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento apoio para a criação de “novas perspetivas económicas” que possam impedir o encerramento da Jasmim Glass Studio, na Marinha Grande.
O governador civil, José Paiva de Carvalho, explicou à agência Lusa que a “qualidade e o design inovador” das peças de vidro da Jasmim são uma “referência” na região, pelo que está a desenvolver esforços para encontrar uma solução para a fábrica.
A Jasmim Glass Studio, empresa de fabrico de vidro manual, na Marinha Grande, encerrou a sua atividade no início do mês de julho e 14 funcionários suspenderam os contratos.
Os trabalhadores têm em falta o pagamento dos salários de maio e junho.
Depois de uma reunião com alguns trabalhadores da unidade, com o presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande e com o sindicato representante do setor, Paiva de Carvalho solicitou “apoio governamental” ao ministro da Economia, Vieira da Silva.
As preocupações do governador civil foram ainda transmitidas ao Diretor Regional de Economia do Centro, sublinhando o facto da Jasmim contar nos seus quadros com alguns dos “melhores mestres vidreiros da região”.
“A Jasmim é uma referência histórica e até em termos geográficos. Segundo me disseram tem cerca de 100 mil visitantes por ano. Estamos a tentar junto do poder central e local encontrar uma solução para não deixar cair a Jasmim”, reforçou Paiva de Carvalho.
O governador espera que seja encontrado um investidor que possa “reorientar” a atividade e impedir que se perca uma “arte”.
Segundo Amândio Fernandes, do Sindicato Democrático da Energia, Química, Têxtil e Indústrias Diversas (Sindeq), os trabalhadores aguardam entretanto uma resposta da empresa a uma proposta que enviaram sobre a forma de pagamento dos valores em falta.