A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais acusam o comandante dos Bombeiros Municipais de Leiria de estar mais preocupado com a poupança de dinheiro do que com o socorro às populações.
“O comandante preocupa-se com a saída dos homens para as ocorrências perto da rendição dos turnos para não pagar horas extraordinárias”, disse à agência Lusa o presidente do sindicato, Sérgio Carvalho, que é também vice presidente da ANBP, considerando que, no concelho de Leiria, os incêndios só podem ocorrer “com hora marcada”.
As duas estruturas profissionais subscreveram um comunicado no qual anunciam que a 03 de agosto, na sequência de um fogo, “o comandante questiona a saída dos elementos antes das 20 horas”, pois “aparentemente não deveriam ter saído porque a Câmara Municipal não quer pagar horas extraordinárias”.
Dois dias depois, para outro incêndio, “sai para o terreno um veículo, desta vez com apenas três elementos dos municipais”, quando “deveriam sair cinco”.
“Por ordem do comandante, não podem sair mais porque a cidade fica desguarnecida”, acrescenta o comunicado em que a associação e sindicato “lamentam que a saída ao minuto para um incêndio seja condicionada pelo não pagamento das horas extraordinárias”.
“Além da desobediência às normas estipuladas para o socorro, está assim posta em causa a segurança quer dos bombeiros, quer da população”, referem as duas entidades, considerando que “a alteração de turnos/redução de efetivos”, determinada pelo comandante, conduziu a “episódios” como estes.
Contactado o presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro remeteu esclarecimentos para o comandante dos bombeiros, informando que reitera a confiança neste responsável.
Já o comandante da corporação de Leiria, Artur Figueiredo, afirmou que as acusações são “completamente falsas”, sustentando que “não foi colocado qualquer constrangimento pelo senhor presidente da câmara perante a necessidade de mobilizar mais pessoas para as ocorrências ou prolongar o serviço que está em curso”.
A propósito do incêndio de dia 03, Artur Figueiredo assegurou que a única chamada de atenção que fez foi “ao chefe de serviço por não ter informado da situação oportunamente, para a coordenação ser feita de forma efetiva com todos os corpos de bombeiros”.
O responsável adiantou que quatro dias depois, um outro fogo “obrigou ao prolongamento de serviço e não foi suscitada qualquer questão relativa ao pagamento de horas extraordinárias”.
“Quanto ao segundo caso, foi o número de homens necessário face à situação e ao facto de estarem a ser despachados mais meios de outros corporações para a mesma ocorrência”, acrescentou.
xxxx disse:
ESTE SENHOR PRESIDENTE DA CAMARA AINDA VAI TER DE PAGAR MUITO E NAO ME REFIRO A HORAS EXTRAORDINARIAS AOS BOMBEIROS,MAS SIM TODO O MAL QUE ANDA A FAZER A POPULAÇAO EM SI…
NUNCA TEM DINHEIRO PARA NADA,CORTA EM TUDO OU QUASE TUDO MAS NO ELEFANTE MULTICULOR METE LA 5000 EUROS DIA.
QUANTO AO SUPOSTO DESCOMANDANTE TAXISTA A BEM POUCO TEMPO TAMBEM INVOCOU QUE NAO ERAMOS PARA APAGAR FOGOS EM PINHAL QUE O PRESIDENTE JA DA MUITOS SUBSIDIOS AOS VOLUNTARIOS ELES QUE TRABALHEM…AGORA SERÁ VERDADE SR PRESIDENTE???
Anselmo Damásio disse:
Se acabassem com os tachos, estas situações deixariam de acontecer.
O que é mais importante pouparem alguns tostões por não terem de pagar horas extraordinárias ou a segurança da população.
Esse senhor tem de rever as suas prioridades, pois basta perderem um minuto, para alguém perder a vida num segundo.
Sem retorno disse:
Realmente não são os bombeiros que querem receber o que não lhes é devido, mas sim receber para o qual existem, apagar fogos. Será que sais uma viatura de fogo co m3 elementos, onde a guarnição deveria de ser 5, não reduz a eficácia da equipa?e será que a segurança desses bombeiros numa frente de fogo é a mesma?São questões que infelizmetne são conturbadas por politicas e não por operacionalidade.Será que é preferivel pagar horas extras apra fazer um serviço que não é de emergência, com já tem acontecido, ou pagar por um serviço de emergência que é o caso do fogo?fica ao criterio dos leitores
LEIRIENSE ATENTO disse:
Acusações deste tipo são, infelizmente, "conversas" muito antigas e que têm passado de Comandante para Comandante.. Nunca, em dezenas de anos, foi pacífica a convivência no mundo dos Homens da Paz. Este será apenas mais um episódio que irá alimentar algumas páginas de jornais regionais, mas que não passará disso mesmo. É o costume!
Fernando José disse:
Infelizmente a corporação não está a viver internamente os simbolos para que foram treinados que é a paz..
Com o país na tanga, todos temos que poupar incluíndo nas horas extras. É de questionar:
Será mesmo o comandante que quer reduzir as horas extras ou serão os bombeiros a querer o valor de horas extras, mesmo que esse tempo, grande parte das vezes, seja desnecessário ao serviço da corporação.
Acho que o comandante deve manter este tipo de gestão. Enquadrar os meios em função da ocorrência: