Casa, carro, máquina de lavar roupa, ou sepultura. O que têm em comum? Todos podem ser pagos a prestações. E há quem aproveite: este Verão, o município de Pombal recebeu o primeiro pedido de pagamento de sepulturas perpétuas por parcelas.
Entretanto, a moda pegou e, depois de aprovado o primeiro processo, já deram entrada nos serviços municipais mais dois pedidos do género.
Efeitos da crise? Os serviços do município negam uma ligação directa entre a conjuntura económica do país e a opção pelo pagamento a prestações. Até porque estes pedidos não representam desvios à regra, uma vez que a possibilidade de liquidação das facturas por fases está prevista no regulamento autárquico.
Coincidência ou não, o certo é que a Câmara recebeu três pedidos de pagamento de sepulturas perpétuas (cerca de mil euros cada) a prestações só nos dois últimos meses, quando, até então, nunca tinha havido uma solicitação do género na autarquia.
O município salienta que, apesar de inéditos no que se refere a sepulturas, os pagamentos a prestações são “recorrentes” em Pombal. E acontecem frequentemente em situações como licenciamento de obras particulares, fornecimento de água, drenagem de águas domésticas e resíduos sólidos urbanos, por exemplo.
“Mais do que um efeito da situação económica, a iniciativa municipal que permite esta alternativa resulta da especial sensibilidade do Município de Pombal para corresponder às diversas debilidades e carências que as famílias possam atravessar”, justifica fonte da autarquia.
Um dos pedidos já foi autorizado em reunião de Câmara realizada em Julho. Os outros dois estão ainda a ser analisados pelo município.
Sandra Mesquita Ferreira
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