O Campo da Batalha de Aljubarrota, em Porto de Mós, e área envolvente foi hoje classificado como monumento nacional. O decreto-lei de classificação, aprovado hoje em conselho de ministros, considera tratar-se de um “património que representa um valor cultural de significado para o país”.
Neste sentido, o comunicado com as conclusões da reunião do executivo governamental salienta que o património agora classificado “deve ser objeto de especial proteção e valorização, no quadro da obrigação do Estado de [o] proteger e valorizar”.
Para além do Campo da batalha de Aljubarrota, também o edifício-sede e parque da Fundação Calouste Gulbenkian, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus e o Jardim Botânico da Politécnica, em Lisboa, receberam a classificação.
A Batalha de Aljubarrota, ocorrida entre os exércitos português e castelhano num planalto entre a ponte do Boutaca, concelho da Batalha, a norte, e o Chão da Feira, concelho de Porto de Mós, a sul, no dia 14 de agosto de 1385, “representa um momento decisivo de afirmação de Portugal como Reino independente, marcando o imaginário de muitas gerações”.
O documento acrescenta ainda que “a batalha foi igualmente pretexto para o desenvolvimento de uma tática militar inédita, apurada na Guerra dos 100 Anos e posta em prática por Nuno Alvares Pereira, de que é testemunho o complexo sistema defensivo, constituído por cerca de 800 covas de lobo e dezenas de fossos, posto a descoberto nas campanhas arqueológicas que decorrem desde 1958”.
(fotografia: João Matias)