A conversão da Alcaçova do Castelo de Óbidos em pousada tornou Portugal pioneiro no conceito de pousada monumento, numa intervenção de restauro considerada exemplar pela historiadora Clara Moura Soares.
“Muitos autores eram unânimes em considerar que o restauro do Castelo foi uma recriação estado novista de um mito medieval, mas a documentação prova que o restauro foi exemplarmente bem feito” defendeu sábado Clara Moura Soares no II Simpósio Internacional sobre Castelos que decorre em Óbidos.
Classificado Monumento Nacional em Junho de 1910, o castelo e muralha da vila de Óbidos beneficiaram, entre 1934 e 1950, de um restauro durante vários anos criticado por historiadores portugueses apesar de, segundo a investigadora, ter sido um dos projetos escolhidos para figurar na 2ª mostra Internacional de Restauro (em Itália), de onde viria a sair a Carta de Veneza, de 1964.
A intervenção da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) visou, “a consolidação de estruturas e reconstrução de panos de muralha caídos por terra, utilizando materiais de época tradicionais e apoiando-se muito na imagem daquilo que tinha sido o castelo medieval” apesar do recurso “a tecnologias avançadas, ao nível de caixas de ar e utilização de betão armado, embora não esteja visível”, explica a investigadora.
O restauro é considerado exemplar não apenas por “ter seguido o que de mais avançado se definiu na Carta de Atenas de 1931” ao nível da conservação e restauro, mas também pelo plano de dinamização turística desenvolvido paralelamente.”
“Essa dinâmica é absolutamente fundamental “ afirma a historiadora defendendo a necessidade “trazer gente e capital” aos monumentos restaurados onde “a dimensão económica que o turismo acarreta deve ser aproveitada”.
A transformação do antigo Paço dos reis em pousada turística e a realização de eventos na vila são dois dos exemplos positivos apontados diversas vezes durante o Simpósio onde Amador Ruibal, da Associação Espanhola dos Amigos dos Castelos, defendeu esta manhã que se “incentive a aquisição de castelos por particulares ou instituições privadas interessadas na sua restauração”.
Uma ideia que merece a concordância do presidente da Associação Portuguesa de Castelos, Francisco Sousa Lobo, mas com a ressalva de que “a realidade espanhola é diferente, porque uma percentagem elevadíssima dos Castelos é privada”.
Em Portugal, onde a maioria destas estruturas “não existiam como castelos defensivos isolados” mas aliados a “uma cerca defensiva da vila”, Francisco Sousa Lobo, defende “a concessão desses espaços, mas com regras de protecção definidas”.
Tanto mais que, remata, a venda de fortificações em Portugal, feita sobretudo no sec. XIX, “resultou na sua demolição para a construção de palacetes à beira mar”, remata.
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