Das 93 escolas do ensino particular e cooperativo que vão intensificar a contestação, no início de 2011, contra a alteração do modelo de financiamento do sector, estão os três colégios de Fátima.
O protesto irá durar tantos dias como o número de colégios com contrato de associação. E claro está, os três estabelecimentos também se vão fazer representar em frente à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.
Virgílio Mota, director Pedagógico do Colégio S. Miguel, diz, no entanto, que os protestos serão civilizados.
“Iremos apresentar as nossas ideias em matéria de Educação e ao mesmo tempo mostrar que as escolas, para além de ensinarem as matérias do currículo, também desenvolvem competências culturais, artísticas, científicas ou técnicas”, afirma.
Em Fátima, não existem alternativas ao ensino particular, por isso, os responsáveis dos colégios afirmam mesmo tratar-se de uma questão de defesa do direito e da liberdade de ensino.
“A liberdade de escolha do projecto educativo é muito importante, é um direito que os pais têm”, frisa Serafim Assunção, responsável pelo Colégio Sagrado Coração de Maria.
Opinião partilhada pelo director do Centro de Estudos de Fátima, Manuel Bento que acrescenta que “mesmo que houvesse escola pública, não se pode ter colégios, com 30 anos de história, a cooperar para o bem de Portugal dando um ensino de qualidade e depois, de um momento para o outro, dizer já não precisamos”.
A acção de protesto, promovida pela Associação Portuguesa de Escolas Católicas, começa dia 2 de Janeiro.
Rita Pimentel
jotta disse:
jj
SMC disse:
Porque não generalizar os tão falados "Contratos de Associação" para todos os establecimentos de Ensino existentes no nosso País?!
Será que as tão exemplares Escolas Públicas não eram capazes de fazer gestão dos valores que lhe seriam atribuidos?
Estamos a falar da Educação dos nossos Jovens. Não brinquemos !!!!
Ambrizete disse:
Curiosamente, nunca me apercebi de qualquer comentário de repúdio pelo encerramento de escolas públicas! Seria bom, então, que os comentadores deste espaço deixassem de olhar apenas para o seu próprio umbigo e manifestassem uma visão e preocupação mais abrangente. Coincidência, direi eu!
SMC disse:
A falta de informação leva a comentários que denotam a ignorancia em que vivemos. Todos falamos de tudo, todos comentamos tudo e não sabemos do que estamos a falar.Um aluno custa "quase tanto" a todos nós se frequentar uma Escola Pública ou uma Escola que possua um Contrato de Associação. Digo "quase tanto" porque está provado que até custa menos nas Escolas com Contrato de Associação. Se os números estão desfazados da realidade, apresentem os valores correctos.Quanto ao encerramento de muitas Escolas Públicas, é uma sitaução completamente diferente e não comparável.Os meus filhos frequentam uma Escola com Contrato de Associação. Se frequentarem o ensino dito Público, será que passam a custar ZERO para o Estado?!! Então do que estamos ? Eles, custam tanto num lado como no outro ao Estado. Mais na Escola que presentemente frequentam, adquirem valores e competencias que nas Escolas Públicas há muito não fazem parte dos planos curriculares dessas escolas!!!
Sergio disse:
Cortes no ensino.. isso sim é arruinar o futuro do país. Os colégios privados apostam num ensino de qualidade.. e é triste que isso se torne num privilégio dos mais endinheirados.
Tomam decisões porque não as sentem na pele..
Os filhos e netinhos da Isabel Alçada e restante trupe estudaram em escolinhas privadas, com certeza. Pudera.. têm dinheiro e possibilidades, podem escolher. E quem pode escolher, obviamente que escolhe o melhor.
Uma frase brilhante da Isabelinha (ironia): "Haverá uma redução do número de turmas abrangidas e há casos em que o ensino público corresponde às necessidades".
Quem é ela para ditar o futuro dos outros?
Credo disse:
Quando privado for sempre sinónimo de qualidade, chamem-me