“A culpa é do Sócrates” foi a justificação dada a quatro professores despedidos há dias no Externato D. Fuas Roupinho, na Nazaré, propriedade do Grupo GPS. As razões invocadas foram o corte de financiamento ao ensino particular por parte do Governo.
Jovens com vínculos precários, sem direito a indemnização ou com compensações de baixo valor foram o alvo dos despedimentos. O caso vai agora ser entregue aos sindicatos, segundo adiantou Ana Rita Maltez, professora de físico-químicaagora dispensada.
A situação dos despedimentos e a denúncia de irregularidades circulam numa mensagem de e-mail anónima. Por ser anónima, a direcção pedagógica do Externato não comenta o teor da mensagem, e quanto aos despedimentos limitou-se a confirmar as razões que levaram à dispensa dos professores.
Os docentes referem que há alunos, há um mês, sem aulas de físico-química, que se praticam cargas horárias ilegais e que a pressão sobre o pessoal docente está na origem de nove baixas médicas.
Num comunicado emitido já em Novembro, o Grupo GPS assumia “preocupação face às medidas anunciadas pelo Governo para o sector da Educação”, que dizia representar uma “redução de 50 por cento no financiamento”.
Artur Ledesma
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