A Câmara de Pombal adjudicou terça-feira, 18 de Janeiro, a construção do Centro de Interpretação e Museu da Serra de Sicó, investimento de cerca de 2,2 milhões de euros para fomentar o turismo da natureza e reunir achados arqueológicos.
A vereadora com o pelouro do Ambiente, Paula Silva, disse à agência Lusa que o investimento, financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional e com um prazo de execução de 360 dias, tem caráter polivalente.
“Pretende-se que seja um espaço polivalente para a divulgação e sensibilização ambiental, mas também para apoiar o turismo da natureza”, afirmou Paula Silva, explicando que o centro, projetado para Poios, na freguesia da Redinha, vai ficar localizado no Sítio Sicó-Alvaiázere da Rede Natura 2000.
Realçando a importância da biodiversidade deste sítio, a responsável destacou, também, o facto de o projeto contemplar um museu, que vai ter reunir achados arqueológicos resultados de escavações na zona.
“São achados que refletem a identidade da região”, declarou a autarca, apontando, ainda, a oferta de alojamento, “necessidade” que foi identificada perante o número de pessoas que escolham a área para a prática de desportos da natureza”, como a escalada ou o pedestrianismo.
Em Poios passa um dos percursos pedestres – o do paleolítico – da Grande Rota 26 do Maciço de Sicó e a zona vai ainda ganhar uma estação da biodiversidade, no âmbito de um projeto desenvolvido pelo TAGIS – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal e Museu Nacional de História Natural.
Segundo informação disponibilizada pela autarquia, os objetivos do Centro de Interpretação e Museu da Serra de Sicó passam também por divulgar os desportos de montanha e potenciar ações de conservação da natureza.
A mesma informação adianta que se trata de um edifício eu contempla a eficiência energética e o armazenamento e reutilização da água.
De forma a garantir a sustentabilidade do projeto, a câmara de Pombal estabeleceu parcerias com várias entidades que passaram a integrar um comité de acompanhamento, onde se incluem, por exemplo, a Associação Portuguesa de Turismo Sustentável e Ecoturismo, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, as federações portuguesas de Montanhismo e Escalada e de Espeleologia, e o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação.