Vários camionistas continuam hoje concentrados junto ao itinerário complementar (IC) 2, em Barracão, Leiria, depois de uma noite onde o frio e a chuva fizeram desmobilizar muitos dos protestantes, mas não a polícia.
No local, o ambiente é hoje de manhã tranquilo, sendo que à passagem de viaturas pesadas os camionistas, que vão regressando ao local de concentração, assobiam e protestam.
Rui Santos, camionista que desde segunda-feira protesta, garante que os camionistas vão continuar no local “até quando for necessário”.
“Senão for aqui, será noutros locais, porque o protesto não pode parar”, adiantou à Lusa.
Na berma, a GNR está a fazer um cordão humano para evitar que os camionistas ocupem o IC2, como sucedeu na segunda-feira, situação que motivou momentos de grande tensão entre esta força policial e os manifestantes.
Em Santo Antão, na Batalha, também junto ao IC 2, dezenas de camionistas mantêm-se concentrados, perante a presença atenta da GNR.
Fonte da GNR disse à agência Lusa que durante a noite se notou nestes dois locais “muita desmobilização” de camionistas.
A mesma fonte esclareceu que a GNR tem o “dispositivo adequado” para fazer face a eventuais ocorrências relacionadas com o protesto dos camionistas, não precisando, contudo, o número de elementos envolvidos.
Nas primeiras 24 horas de paralisação dos camionistas, a GNR contabilizou no distrito de Leiria um detido, várias pessoas identificadas e quatro viaturas da corporação com pneus esvaziados. Houve ainda, na área desta força policial, situações de apedrejamento de veículos pesados.
A paralisação das transportadoras de mercadorias, que teve início às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pela Associação de Transportadores de Terras, Inertes, Madeiras e Afins (ATTIMA) e a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), contando com o apoio da Associação Nacional de Transportes Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM).