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Cultura

Teatro da Rainha comemora 25 anos e prepara mudança para novas instalações

A inauguração da exposição “25+1” e uma viagem virtual às novas instalações que a companhia pretende construir marcam no domingo (Dia Mundial do Teatro), em Caldas da Rainha, a comemoração dos 25 anos do Teatro da Rainha.

A inauguração da exposição “25+1” e uma viagem virtual às novas instalações que a companhia pretende construir marcam no domingo (Dia Mundial do Teatro), em Caldas da Rainha, a comemoração dos 25 anos do Teatro da Rainha.

Intitulada “25+1” para “assinalar um quarto de século, mas também um novo ciclo que está para vir”, segundo o encenador Fernando Mora Ramos, a exposição mostra uma seleção de cenografias dos 58 espetáculos levados à cena pela companhia.

Para ver haverá desde um conjunto de portas metálicas e oito pinturas do coreógrafo João Vieira (da peça Letra M) a uma carruagem de comboio, trazida às peças do Entroncamento e montada para cenografar a peça “Estação inexistente”, ou ao cavalo montado por S. Martinho, no auto de Gil Vicente.

Os cenários mais antigos, e os que pela sua dimensão não podem ser expostos, são recordados por um conjunto de fotografias que contam a história da companhia entre 1985 e 2011.

“É um grande historial de memórias a fazer a ponte para a grande vontade de construir um edifício novo” explica o encenador, aludindo à segunda parte da comemoração, “uma viagem virtual, com imagens em 3D do projeto do novo edifício, explicado pelo arquiteto Nuno Lopes”.

O novo espaço, o Teatro da Caixa Preta, será “uma construção em cubo, que é sala vazia, com a possibilidade de ter matéria técnica (projetores e equipamentos de som) ao longo de todo o espaço”, explica o encenador.

O projeto orçado em 750 mil euros (financiados pela autarquia local), terá capacidade para 100 espetadores e conta com particularidades como “paredes de dois andares, nas zonas interiores, que tanto podem funcionar como palcos verticais, ou ter o público em cima e nós a representarmos em baixo”, explica o encenador.

Numa segunda fase, a companhia pretende aproveitar a encosta onde se localizará o edifício (junto à praça da Universidade) para a instalação de uma bancada para teatro ao ar livre e uma sala exterior suportada pelos pilares da entrada.

“Quando houver dinheiro”, diz Mora Ramos, responsável pela companhia que conta com um orçamento de 150 mil euros anuais e encargos fixos com doze funcionários.

Criada em 1985, pelo cenógrafo José Carlos Faria (então membro da Casa da Cultura das Caldas da Rainha) e pelo encenador Fernando Mora Ramos ( ligado ao Centro Cultural de Évora) a companhia mudou-se em 1990 para Évora, onde cria o CENDREV – Centro Dramático de Évora .

Em 2003, regressa a Caldas da Rainha, a convite da autarquia instalando-se no antigo edifício do pólo da UAL.

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