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Sociedade

Homem acusado de matar mulher desmente violência doméstica

Um homem, de 62 anos, acusado de ter matado a mulher a tiro em Julho de 2010, na Ordem, Marinha Grande, negou hoje em tribunal que tenha maltratado a vítima.

Um homem, de 62 anos, acusado de ter matado a mulher a tiro em Julho de 2010, na Ordem, Marinha Grande, negou hoje em tribunal que tenha maltratado a vítima.

Homicídio ocorreu a 21 de Julho de 2010

Carlos Coutinho disse hoje ao coletivo de juízes do Tribunal da Marinha Grande, que “nunca tinha chamado nomes” à mulher, nem a tinha maltratado, contrariando as acusações de violência doméstica que constam na acusação do Ministério Público (MP), noticia a agência Lusa.

O arguido está acusado dos crimes de homicídio qualificado e detenção de arma proibida, por, em 21 de Julho 2010, “com o propósito de tirar a vida”, se ter aproximado de Fernanda Barroca, que estava na cozinha, ter apontado a arma e efectuado três disparos em sua direcção, “atingindo-a no pescoço e tórax”.

Segundo o MP, o arguido, por diversas vezes, chamou nomes à mulher, “humilhou-a” e disse-lhe que “metia nojo”.

Confrontado com a acusação, Carlos Coutinho disse que era “tudo mentira” e que “amava muito” Fernanda Barroca, de 51 anos. “Andava doente e, por isso, pedi ajuda à minha mulher. Ela disse que se ia embora e que me ia abandonar”, disse o arguido, acrescentando que pegou na arma “para ameaçar”, porque queria saber por que é que o ia deixar. “Senti-me provocado porque ela dizia-me que se ia embora e eu pensava que ela tinha outra pessoa”, afirmou.

Carlos Coutinho acrescentou que os disparos foram acidentais.

Teresa Coutinho, filha do casal, contou ao tribunal que, quando era pequena, o pai “fechou a mãe num quarto” e, enquanto “ela gritava a pedir para a tirar de lá”, o arguido “mandou-lhe uma sapatilha”.

Confirmando as acusações do MP, a filha referiu que “havia ameaças constantes” e que a mãe “sentia-se intimidada, porque queria estar com as pessoas amigas e com o seu pai, e ele [arguido] impunha que ela tinha de estar ao pé dele e a controlá-la”.

Segundo a filha, o pai acabava por “compensar as agressões com ouro e passeios”.

Carlos Coutinho adiantou que a sua relação com a mulher piorou quando esta e a filha o “colocaram na psiquiatria” do Hospital de Leiria. “Não sei porquê”, disse.

A filha explicou que o pai teve um “ataque” e quando foi levado para o hospital foi “agressivo com uma das enfermeiras e foi internado na psiquiatria”.

O julgamento prossegue na próxima segunda-feira.

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