A Câmara Municipal de Leiria vai contrair um empréstimo até 3,5 milhões para assegurar, caso seja necessário, a comparticipação nacional de obras financiadas com fundos comunitários, revelou quarta-feira o presidente Raul Castro.
Raul Castro, independente eleito pelo PS, explicou aos jornalistas que “algumas obras contratualizadas estão a ser objeto de conclusão e é preciso que a autarquia tenha disponibilidade financeira”.
Por outro lado, o edil adiantou que o município já pagou algumas das obras, aguardando, contudo, o seu reembolso, que “tem vindo com algum atraso”, assinalou.
“O empréstimo é uma medida de precaução”, declarou Raul Castro.
Uma nota de imprensa da câmara refere ainda que a contratação do empréstimo, a liquidar até 31 de dezembro, se deve a “dificuldades de liquidez”.
A deliberação foi tomada na terça-feira ao final do dia, em reunião do executivo municipal, e teve os votos favoráveis da maioria socialista que governa a autarquia.
Também em reunião do executivo a autarquia deliberou abrir um concurso público para o aluguer operacional de 38 viaturas, justificando a decisão com “o envelhecimento da frota automóvel” e “as consequentes implicações em termos de custos de manutenção, falta de fiabilidade e imagem da mesma”.
A isto somam-se “as reparações cada vez mais frequentes e os custos acrescidos devido ao envelhecimento e desgaste das viaturas” e a “perspetiva de abate de várias viaturas”.
“Como a situação financeira [da autarquia] não permite a aquisição, temos de optar pelo aluguer”, justificou o presidente da câmara, acrescentando que vão ser abatidas 32 viaturas “com 20, 25, 30 e 35 anos”.
Segundo Raul Castro, este lote de veículos “teve, nos últimos anos, 14.530 dias de imobilização”.
O concurso para a contratação de serviços de aluguer operacional de 38 viaturas por quatro anos tem o valor base de cerca de 900 mil euros.