Os sócios da União Desportiva de Leiria decidiram na quarta-feira à noite marcar nova assembleia-geral eleitoral, depois de não terem aparecido candidatos a assumir a gestão do clube.
Numa reunião a que compareceu cerca de uma dúzia de associados, várias vozes se levantaram contra a falta de apoio com que alegadamente sofre o clube.
Entre os contestatários encontra-se o presidente que agora cessou funções, Mário Cruz, que criticou a autarquia.
“Aqui divide-se para reinar e parece que as pessoas até ficam mais contentes com as derrotas do que com as vitórias das instituições”, afirmou, lamentando a “falta de imparcialidade” no tratamento que diz existir por parte da Câmara para com a União de Leiria e outras associações. “Parece perseguição”, sustentou.
A possibilidade de um vazio directivo preocupa ainda dirigentes, levando mesmo o vice-presidente Fernando Encarnação a lançar um apelo:
“Peço a todos que aqui estão que passem a palavra: necessitamos de sangue novo, novas listas, novas pessoas. Não queremos ir embora, mas precisamos de ajuda para continuar a construir o que andámos estes anos todos a construir”.
O dirigente alertou para a urgência das eleições aconteceram “antes do início dos trabalhos das equipas de formação, a 11 de julho”, ficando decidida a marcação de novas eleições para uma data próxima.
A propósito do futebol profissional e da equipa da União de Leiria que compete na Liga, o presidente da SAD, João Bartolomeu, também presente na assembleia-geral, garantiu que apesar de ainda não haver contratações confirmadas “tudo está a ser tratado e a nova época está controlada”.
O responsável pela SAD afirmou que “a prioridade actual é a reorganização interna”, avançando que nos próximos dias será anunciado um novo cargo na estrutura do futebol, o de director-geral.