O presidente da Câmara da Marinha Grande disse ontem que pediu uma reunião de emergência à ministra do Ambiente, Mar e Ordenamento do Território para discutir o problema das arribas de São Pedro de Moel.
“O pedido foi feito na sexta-feira, três dias antes do que aconteceu em Peniche”, disse à agência Lusa Álvaro Pereira, referindo-se a uma derrocada de pedras que feriu seis pessoas na praia de S. Bernardino, na segunda-feira.
As obras de consolidação das arribas da praia de São Pedro de Moel constituem uma das cinco intervenções definidas pelo INAG a nível nacional, revelou o presidente do município.
O início dos trabalhos de consolidação das arribas chegou a estar marcado para junho deste ano, informara à Lusa fonte do INAG, em março deste ano.
“As intervenções estiveram programadas para este verão, mas por despacho então do ministro das Finanças [Teixeira dos Santos] ficámos a saber que nenhuma obra podia ser lançada sem o seu visto e a verdade é que não avançou”, disse o autarca.
A estabilização das arribas de São Pedro de Moel é um investimento de 1,6 milhões de euros, financiado em 70 por cento pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
O projeto inclui medidas de estabilização, através do enchimento de cavidades em determinadas zonas, obras de proteção marítima na base do talude e a implantação de estruturas de contenção na marginal.
A melhoria da drenagem das águas superficiais, a criação de um muro de contenção e a colocação de estacarias estão também contempladas na intervenção.
Desde o verão de 2006 que os perigos detetados nas arribas de São Pedro de Moel levaram à aplicação de medidas restritivas à circulação pedonal e automóvel na marginal.
Há cinco anos, o então presidente da autarquia, Alberto Cascalho, definia a necessidade da intervenção como “urgentíssima”.
Hoje, Álvaro Pereira sublinha que a carta enviada a pedir uma reunião de emergência não menciona apenas as arribas, mas também “o desaparecimento da areia na praia da Vieira e de São Pedro de Moel”, bem como o caso da Ponte das Tercenas.
“Tenho um relatório do LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] a confirmar o perigo que existe em relação à ponte e isso agravou-se”, sublinha.
A ponte localizada na praia da Vieira está limitada a uma faixa de rodagem e é proibida a circulação a pesados.
“Se nada se fizer mando encerrar [ponte] e acabou”, avisa o presidente do município.
“Se até sexta-feira não receber resposta sobre a carta, vamos até Lisboa”, acrescenta Álvaro Pereira.
Lusa
Rui de Matos disse:
Sr Presidente da Camara da Marinha Grande,
O Governo foi de férias para o Algarve.
Faça uma portagem na ponte das trecenas que num abrir e fechar de olhos a ponte nova fica paga. Se precisar de pagar um projeto de ponte nova, faça uma subscriçao local durante o mes de Julho e Agosto. Resolve o problema e pode dar trabalho a jovens desempregados.
Cordialemente,
Rui de Matos