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Nazaré preocupada com prejuízos causados pela prospeção de petróleo

Os pescadores da Nazaré dizem estar a sofrer prejuízos devido à prospeção de petróleo e a autarquia vai expressar ao Ministério do Mar a sua preocupação e tentar encontrar uma solução para o problema.

Os pescadores da Nazaré dizem estar a sofrer prejuízos devido à prospeção de petróleo e a autarquia vai pedir ao Ministério do Mar uma reunião para expressar a sua preocupação e tentar encontrar uma solução para o problema.

“Decidimos pedir um encontro às entidades competentes, entre as quais o Ministério do Mar, para tentar obviar esta situação de perda de rendimentos dos pescadores que nos está a preocupar”, disse à Lusa o presidente da câmara da Nazaré, Jorge Barroso.

Em causa estão os trabalhos de prospeção, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo no mar que a empresa Mohave Oil and Gas Corporation está a efetuar entre São Martinho do Porto e Pedrógão.

A câmara, que já tinha manifestado “preocupação” em relação aos prejuízos, reuniu esta tarde com representantes da comunidade piscatória local para “fazer uma avaliação da situação e procurar soluções”.

Em comunicado, a câmara considera que, sobretudo na linha de costa, entre as duas e as oito milhas, a prospeção de petróleo está a afetar “a atividade piscatória desde meados de julho, pelo que o presidente espera neste encontro seja encontrada a melhor solução” para os “prejuízos graves que os pescadores estão a sofrer”.

Depois das condições meteorológicas adversas registadas no mar terem, em julho, impedido a saída das embarcações, os pescadores queixam-se agora de que “com estes trabalhos de pesquisa de petróleo não podem desenvolver as suas tarefas profissionais dentro da normalidade”, sublinhando o comunicado as “fortes perdas ao nível das artes de pesca fundeadas na área em causa”.

De acordo a câmara, e com base na reunião com a comunidade piscatória local, “as possibilidades de pesca naquela área estarão bastante reduzidas até, previsivelmente, ao próximo dia 25, data em que deverá terminar o trabalho de pesquisa da Mohave Oil”, conclui o comunicado.

Contactado pela Lusa, o administrador da Mohave Oil, Arlindo Alves, disse não querer comentar a posição da autarquia, adiantando apenas que estará disponível para discutir a questão com o Governo e outras entidades competentes.

As restrições à pesca, numa zona entre Mira e São Martinho do Porto foram, na terça-feira justificadas com as sondagens sísmicas com recurso a uma embarcação especializada que a empresa petrolífera Mohave Oil & Gas está a realizar.

As restrições constam de uma portaria do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, publicada a 15 de julho em Diário da República e que vigora por 60 dias.

Lusa

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