O presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca, afirmou à Agência Lusa que o risco de falência da maior empregadora privada do concelho de Ourém, que tem 228 trabalhadores, é “motivo de grande preocupação”.
Na última sexta-feira o Tribunal de Ourém declarou insolvente a empresa Aquino Construções, S.A. e marcou para 27 de setembro uma assembleia de credores.
“Há a questão social muito delicada, tendo em conta o impacto social que terá nas pessoas que ali trabalham”, disse o presidente da autarquia, garantindo que “a autarquia estará naturalmente disponível para ajudar no que for necessário”.
Por outro lado, Paulo Fonseca, explica que o município não pode ficar indiferente “à situação difícil da família proprietária da empresa, que muita riqueza trouxe ao concelho”.
Outro dos assuntos que preocupa o autarca respeita à requalificação da Avenida D. José Alves Correia da Silva, no centro de Fátima, e que se encontrava a cargo da Aquino Construções.
“A obra é comparticipada por fundos comunitários e há prazos que têm de ser cumpridos”, salienta.
Por esta razão vai solicitar na reunião camarária de hoje, terça-feira, marcada para as 09:30 horas, que lhe sejam delegados “poderes de decisão nesta matéria, para que seja possível agir com a maior celeridade possível”, argumenta Paulo Fonseca.
Em cima da mesa pode estar a rescisão do contrato, o que obrigaria a um novo concurso e que se aguardasse por novo visto do Tribunal de Contas.
Outra das hipóteses poderia passar por adjudicar a obra ao segundo classificado do concurso público ganho pela empresa agora envolvida no processo de insolvência.
A verdade é que, reforça o autarca, “é preciso entrar em contacto com o administrador da insolvência, colher contributos de diversas entidades e do Estado para se agir rapidamente, tomando a melhor decisão”.
Fundada em 1977, a Aquino Construções tinha várias obras em curso nos distritos de Santarém e Leiria, dedicando-se essencialmente ao setor de obras públicas.
LUSA