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Empresa da Benedita escolhida para fornecer pavimento inovador a praça histórica de Beirute

Mais de mil toneladas de pedra calcária e uma tecnologia inovadora vão ser utilizadas por uma empresa da Benedita, a Solancis, para simular dunas do deserto no calcetamento de uma praça em Beirute.

Mais de mil toneladas de pedra calcária e uma tecnologia inovadora vão ser utilizadas por uma empresa da Benedita, a Solancis, para simular dunas do deserto no calcetamento de uma praça em Beirute.

“Ficámos muito satisfeitos por sermos contactados para participar neste projeto, que tem uma conceção muito arrojada em termos de efeito visual”, disse à Lusa Sérgio Couto, porta-voz da empresa.

O desafio lançado pelo atelier português que ganhou o concurso internacional para a recuperação de um praça histórica (Khan Antoun Bey) da capital libanesa é para que a empresa produza um pavimento “com ondulações que se vão reproduzindo ao longo da praça, dando a sensação de que se estão a ver dunas do deserto”.

A empreitada, “provavelmente” a maior que a empresa terá no próximo ano, vai envolver mais de quatro mil toneladas de pedra calcária, que serão transformadas em blocos cortados, texturados e numerados na fábrica da Benedita (Alcobaça) e, posteriormente, transportados para Beirute, onde “serão colocados como se se estivesse a construir um puzzle”, explica Sérgio Couto.

A pedra vai ser trabalhada através de sistemas inovadores, com recurso a um corte de fio tridimensional, com controlo numérico “que permite executar formas em blocos maciços”, e a um sistema denominado CNC, que “reproduz um braço de mecânico que permite maquinar a peça, dar-lhe forma e executá-la ao milímetro”.

A especialização em pedra calcária da região da Serra d’Aires e Candeeiros e o recurso a ‘softwares’ inovadores de certificação da pedra são duas das mais valias da empresa, que nos últimos anos foi escolhida para fornecer dezenas de projetos nacionais e internacionais.

Do Centro Cultural de Belém à praça do Comércio (em Lisboa), à envolvente do Mosteiro de Alcobaça ou do Castelo de Pombal, a empresa deixa o seu cunho em vários pontos do pais, mas destaca-se também pela presença em projetos em vários países do mundo.

A sede do banco KBC, em Bruxelas (Bélgica), é uma das obras emblemáticas produzidas pela Solancis, a que se juntam metros de superfície de Marselha e Grenoble (em França), a praça da Muraleja (Madrid), uma igreja em S. Petersburgo e um condomínio de luxo em Moscovo (Rússia) e vários hotéis de quatro e cinco estrelas e diversos países.

Fundada em 1969, a empresa familiar que começou por fabricar apenas lancis e calçadas levou menos de uma década a modernizar-se e alargar a produção a cantarias exteriores (colunas, balaustres e revestimentos) que a transformaram numa das maiores exportadoras de pedra natural do país.

Com um volume de negócio a rondar os seis milhões de euros, exporta cerca de 80 por cento da produção para mercados como França, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Espanha e, especifica Sérgio Couto, é “das poucas empresas que fornece pedra transformada para a China, que normalmente compra em bruto para transformar nas suas fábricas”.

Com 13 pedreiras em funcionamento e 75 funcionários, a Solancis tem uma produção de 12 mil m2 de pedra laminada por mês e quatro a cinco contentores (com cerca de 20 toneladas) de pedra em grosso por dia.

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