O presidente da Câmara da Marinha Grande (PS) acusou hoje a ministra do Ambiente, do Mar e Ordenamento do Território de negligência na gestão de dossiês como o da estabilização das arribas de São Pedro de Moel.
“Parece que é algo que não preocupa muito a ministra”, definindo o seu silêncio como “uma negligência de todo o tamanho”, disse Álvaro Pereira à Lusa.
A 12 de Agosto, o autarca pediu uma reunião de urgência à ministra Assunção Cristas para discutir o problema das obras de consolidação das arribas na praia de São Pedro de Moel, o caso da Ponte das Tercenas e o recuo do areal na Praia da Vieira.
A carta foi enviada três dias antes de uma derrocada de pedras que feriu seis pessoas em São Bernardino, em Peniche. Álvaro Pereira diz que “depois e tudo o que aconteceu a ministra está a ser muito negligente”.
As declarações do presidente do município foram realizadas no final de uma visita de trabalho dos deputados do PS eleitos por Leiria.
“Pedimos hoje mesmo uma audiência à ministra, para a próxima quinta-feira, sobretudo para abordar dois assuntos fundamentais: o das arribas e o da ponte”, revelou o deputado socialista à Lusa.
O parlamentar lembra que “as intervenções nas arribas já estiveram previstas e quanto à ponte é preciso fazer algo porque está na iminência de cair”.
O início das obras de consolidação das arribas da praia de São Pedro de Moel esteve marcado para Junho deste ano, mas foi suspensa por um despacho do ministro Teixeira dos Santos, apesar de ser uma das cinco intervenções prioritárias definidas pelo INAG a nível nacional, destaca o presidente da Câmara da Marinha Grande.
A construção da Ponte das Tercenas é outro dos dossiês à espera de uma definição, aguardando-se o lançamento do concurso.
“Tenho um relatório do LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] a confirmar o perigo que existe em relação à [atual] ponte e isso agravou-se”, sublinha.
A ponte localizada na praia da Vieira está limitada a uma faixa de rodagem e é proibida a circulação a pesados.
Álvaro Pereira quer ainda informações sobre a construção de um molhe, a sul, cuja obra estava prevista para 2012 e que “evitaria o desaparecimento que se está hoje a registar no areal na Praia da Vieira”.
Lusa