A Câmara de Leiria não recebeu qualquer proposta para a compra do estádio, disse hoje à agência Lusa fonte da autarquia, no dia em que terminava o prazo de receção de propostas para a hasta pública destinada à alienação do equipamento.
O processo da venda do estádio foi desde o início marcado pela polémica, já que a maioria PS/CDS-PP que governa a câmara contou sempre com a oposição social-democrata, tendo alguns eleitos do PSD avançado mesmo com uma ação cautelar procurando travar a hasta pública.
Esta manhã, numa conferência de imprensa que serviu para fazer o balanço de dois anos de mandato à frente da Câmara de Leiria, o presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, já admitira que o orçamento municipal para 2012 dependia muito da concretização deste negócio, salientando que, sem esse encaixe financeiro, haverá menos obras e mais cortes.
O serviço da dívida é superior a cinco milhões de euros e que esse dinheiro “dava para construir quatro centros educativos ou para investir em 25 por cento da rede viária do concelho”, afirmou o autarca.
O município pedia 63 milhões de euros por um lote que juntava três de quatro frações do estádio: o campo desportivo e as bancadas, o topo norte e o respetivo estacionamento.
A autarquia permitia ainda a alienação de um segundo lote avaliado em 24 milhões de euros: o topo norte (área inacabada do estádio) e o parque de estacionamento, de 450 lugares.
De fora ficava uma quarta fração destinada a reinstalar o centro associativo, um espaço de dois mil metros quadrados no topo norte.
Lusa