Os habitantes de cinco freguesias do concelho de Porto de Mós correm o risco de ficar sem sinal de televisão a partir do dia 13 de fevereiro, disse hoje à Lusa o presidente da Câmara, João Salgueiro.
O autarca, que reclamou junto da ANACOM – Autoridade Nacional das Comunicações o reforço do sinal da Televisão Digital Terrestre (TDT), explica que o “apagão” analógico atinge as freguesias “mais isoladas” e uma franja da população “rural, envelhecida e que possui pequenas reformas”.
João Salgueiro defende, por isso, que “a receção por satélite não é uma solução, pelos custos elevados que daí decorrem”.
A autarquia de Porto de Mós foi alertada para o problema “pelas próprias empresas que estão a realizar a instalação dos equipamentos” de receção da TDT, informou João Salgueiro.
“As pessoas só agora é que se vão apercebendo do problema”, sublinha o presidente da Câmara de Porto de Mós, referindo-se aos habitantes das freguesias de Alvados, São Bento, Serro Ventoso, Arrimal e Mendiga.
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Fernando Ruas, e o presidente da Associação Nacional de Freguesias, Armando Vieira, já apelaram às entidades públicas envolvidas no processo de instalação da TDT que ajudassem as famílias mais carenciadas com os custos que resultam da substituição do sinal analógico.
A primeira fase do processo de cobertura da TDT teve início na quinta-feira da passada semana com o desligamento do emissor de televisão analógica de Palmela, que servia a península de Setúbal e alguns concelhos alentejanos, regiões que, a partir de agora, já só têm acesso ao sinal digital.
A partir de 22 de março arranca a segunda fase, com a cessação dos emissores e retransmissores das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. A última fase acontece a 26 de abril, altura em as transmissões analógicas do restante território continental serão desligadas.
Lusa