A Cooperativa de Olivicultores de Fátima quer vender azeite da região aos peregrinos estrangeiros que se deslocam ao Santuário. Para tanto, está a lançar a marca Fátima e prepara a inauguração de um museu dedicado ao olival.
Explica Pedro Gil, tesoureiro da cooperativa, que a instituição pretende salvaguardar o interesse dos sócios. “Tentaremos que possam rentabilizar a azeitona, se nós conseguirmos pagar melhor o azeite”, refere.
Constituída a partir das maquias (percentagem sobre a produção) cobradas pela Cooperativa no seu lagar, a primeira colheita com o rótulo Fátima apresenta um grau de acidez de 0,5% (virgem extra).
Aproveitando a proximidade à aldeia natal dos pastorinhos, a Cooperativa quer agora tornar-se parte da rota turística de Fátima, atraindo visitantes com os benefícios do azeite para a saúde. “Por exemplo, os polacos, que não têm produção, e os brasileiros, que são os maiores consumidores no mundo”, refere Pedro Gil.
A campanha de 2011 revela condições meteorológicas desfavoráveis: acidez entre 0,5 e 1,5 graus, pior do que em anos anteriores. “Tivemos chuvas em Agosto seguidas de temperaturas altas quando já havia azeitonas nas árvores. Com alguma humidade, desenvolvem-se mais pragas, que aumentam a acidez”, diz Pedro Gil. Até agora, foram processadas 3.500 toneladas de azeitona – um ligeiro decréscimo – que geraram 530 mil litros de azeite.
A Cooperativa de Olivicultores de Fátima, no concelho de Ourém, é a quinta maior a nível nacional. Planeia um investimento de 130 mil euros numa nova linha de recepção de matéria-prima, até 2013, de modo a modernizar o processo e encurtar o tempo de despacho.
(notícia publicada na edição de 6 de janeiro de 2012)