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Sociedade

“Perder” Fátima é oportunidade para ganhar aviação civil em Monte Real, defende Raul Castro

O presidente da Câmara de Leiria considera que “perder Fátima” na nova reorganização do turismo pode ser uma oportunidade para garantir a aviação civil na Base Aérea de Monte Real.

O presidente da Câmara de Leiria considera que “perder Fátima” na nova reorganização do turismo pode ser uma oportunidade para garantir a aviação civil na Base Aérea de Monte Real.

Em declarações à agência Lusa, Raul Castro lamentou ontem, quinta-feira, que Fátima e a região de Leiria sejam divididas, mas acredita que, a concretizar-se este modelo de reorganização no setor do turismo, a região Centro seja capaz de lutar por uma infraestrutura vital para o turismo e para a atividade económica, sublinha.

O autarca, que é também presidente da Assembleia-Geral da Entidade Regional de Turismo Leiria-Fátima, explicou que a região ao ser integrada num território que não possui qualquer infraestutura aeroportuária – a região Centro – essa reivindicação antiga faz ainda mais sentido.

“Não podemos ser objeto de discriminação, caso contrário está em causa a sobrevivência deste território ao nível do turismo. A não ser que o Governo queira eliminar o segmento turístico da região e, se assim for, contará com a resistência dos autarcas”, avisou.

O Governo anunciou ontem a criação de cinco novas regiões de turismo com base nas NUT II (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve), que irão concentrar as competências de estruturação da oferta e das promoções interna e externa, antes atribuídas às entidades regionais de turismo, aos polos de desenvolvimento e às agências regionais de promoção turística – estruturas que são agora extintas.

Com esta reorganização, desaparecem os organismos criados em 2008 pelo governo de José Sócrates: assim, acabam as entidades de Porto e Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, e os pólos turísticos Douro, Serra da Estrela, Leiria-Fátima, Oeste, Litoral Alentejano e Alqueva. Quanto às agências promocionais, são também eliminadas as associações de turismo do Porto e Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve.

A secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, explicou que a reforma pretende responder à sobreposição de funções e “pouca integração” entre as entidades, considerando que o atual regime é “pouco eficiente”. A governante explicou também que o objetivo das alterações “não é a redução da despesa, mas funcionar melhor”.

Lusa


Secção de comentários

  • SRGPORToriGem disse:

    faz muito bem, a base de Monte Real está mal aproveitada, ate podemos considerar um crime, uma infraestrutura com aquele tamanho não estar aberta ao sector da aviação civil. por minha parte já estava aberto a muito tempo.

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