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Sociedade

Ex-empresário de aeronaves exibe barba de 17 meses contra lentidão da Justiça

Será António Pereira um D. Quixote dos tempos modernos? As longas barbas, resultado de 17 meses de protesto contra o que apelida de lentidão e injustiça da Justiça, assim parecem.

Será António Pereira um D. Quixote dos tempos modernos? As longas barbas, resultado de 17 meses de protesto contra o que apelida de lentidão e injustiça da Justiça, assim parecem.

Barba só desaparece quando o caso for encerrado, promete António Pereira (fotografia: Joaquim Dâmaso)

A sua luta contra muitos dos aspetos da máquina burocrática do Estado também. Em 2005, António Pereira e o filho eram tema de noticiário na região. Traziam consigo a promessa de um novo e arrojado projeto empresarial a implementar na Marinha Grande.

A ideia era construir pequenas aeronaves comandadas à distância que poderiam, por exemplo, ajudar na prevenção dos
incêndios. O projeto, conta, chegou a ter apoio financeiro público aprovado. Mas tudo emperrou em 2006.

O financiamento só chegaria com a declaração de não dívida ao Estado. E essa declaração não veio, porque o fisco garantia que António Pereira devia aquilo que António Pereira garante que não devia e não deve.

Eram, números redondos, 20 mil euros. Começou uma série quase infindável de peripécias, ações, protestos públicos e um sem-número de advogados que, com maior ou menor sucesso, deram andamento ao caso.

Sete anos depois, o seu longo processo, perdido na máquina burocrática, já tem barbas. Ele também.

O que correu mal? É quase impossível destrinçar as causas e os efeitos num longo novelo de papelada que implica que nem o próprio ex-quem-sabe-futuro-empresário saiba ao certo quantos processos tem.

“Só com as Finanças tenho em Leiria, Espinho, Vila Real, Marinha Grande”. Fala em contas e bens que não pode
usar, uma licenciatura em engenharia aeronáutica que não pode frequentar e um projeto adiado que, acredita, pode retomar.

“Estou a desenvolver motores de propulsão mais ecológicos que no projeto anterior”, diz.

Agora aponta para a esperança de colocar um ponto final no caso, recorrendo ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Será mais uma luta contra moinhos, ao jeito de D. Quixote?

“Pode ser que um processo no tribunal europeu, seja o vento que obrigue os moinhos a andar”.

(leia a notícia na íntegra na edição de 3 de fevereiro de 2012)

Carlos S. Almeida
carlos.almeida@regiaodeleiria.pt

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