De França, Inglaterra e Espanha vem o júri, de escolas todo o país chegam os bailarinos para provar o que valem. Até domingo, o Leiria Dance Competition movimenta mais de 400 participantes, transformando o Teatro José Lúcio da Silva num palco gigante dedicado às artes da dança.
A organização é de uma nova associação dedicada a desenvolver a dança em Leiria, a Geração na Ribalta, que pretende promover a arte a partir de “um espetáculo memorável”, proporcionado por escolas, grupos e concorrentes independentes, nacionais e internacionais.
Por outro lado, o Leiria Dance Competition visa descobrir e projetar novos talentos entre os participantes, uma pequena multidão que a associação prevê que vá “dinamizar a cidade durante três dias”.
“Ficámos surpreendidos com tantas inscrições”, reconhece Annarella Sanchez, que integra a associação Geração na Ribalta e participa na organização do Leiria Dance Competition.
Dos 5 aos 40 anos, as inscrições “choveram” de todos os lados, o que a professora de dança interpreta da seguinte forma:
“Há sobretudo crianças de escolas e colégios inscritas. Normalmente os outros concursos só permitem maiores de 8 anos e, aqui, é possível participar com 5 anos. Acredito que os pais gostem que os mais novos participem e sejam avaliados por um júri independente. É uma forma de lhes dar mais responsabilidade, tanto na dança como na vida”.
Assumindo-se como uma alternativa ao Dançarte, um concurso com tradição organizado em Faro, o Leiria Dance Competition pretende ganhar raízes e funcionar como um ensaio para a competição algarvia.
“Tentámos fazer um concurso diferente. Em Faro os participantes têm de dançar clássico e contemporâneo. Aqui podem mostrar a coreografia em que se sentem mais à vontade ou que conseguem fazer de forma mais perfeita. O Leiria Dance Competition dá a possibilidade das pessoas mostrarem o melhor que sabem”, explica Annarella Sanchez.
É, também, uma forma dos alunos das diversas escolas que não têm condições para ir ao Dançarte se sujeitarem a uma experiência diferente. “O nosso objetivo é por as crianças a dançar cada vez melhor. Leiria é a cidade da dança e pode muito bem vir a ser a capital da dança, porque tem muitas escolas de dança”, refere a coreógrafa, excluindo do processo rivalidades entre escolas:
“Aqui não importa ser a Academia [Annarella], o estúdio do Diogo [de Carvalho], a Clara [Leão], o Orfeão [de Leiria] ou outra escola. O importante é fazer algo para as crianças se sentirem felizes, num concurso para todos”.
O Leiria Dance Competition arranca esta sexta-feira, 17 de fevereiro, mas as provas só começam sábado. Durante todo o dia, das 9 horas ao fim da tarde, o Teatro José Lúcio da Silva recebe diversas fases de apuramento. A entrada é livre.
Domingo de manhã, retomam-se as seleções e o público é igualmente convidado a assistir, sem pagar. A dança é para todos os gostos: ballet (clássico e neoclássico), contemporâneo, lyrical, dança jazz, danças de salão, caráter e hip hop.
A partir das 18h30 de domingo, tem lugar a gala final, com demonstração de dança pelos elementos do júri no início do espetáculo. Os três primeiros de cada categoria garantem o apuramento para uma competição internacional de dança no Canadá. Os bilhetes para a gala custam 10 euros.
Maria Helena Brás disse:
A entrada era livre ?Então porque é que eu paguei no domingo demanhã 8 euros por dois bilhetes?Fui enganada…não é verdade o que é mencionado ,em cima.
*** disse:
A "outra escola" não denominada por Anarella Sanchez é o Studio K, caso queiram acrescentar…