O executivo municipal da Nazaré aprovou na semana passada, por unanimidade, uma moção onde demonstra a sua “profunda discordância” para com a medida do governo em não dar tolerância de ponto no dia de Carnaval.
Além de considerar que o “Carnaval é uma manifestação histórica e cultural”, a moção frisa ainda que a data “contribui em muito para uma animação económica importante”.
O documento refere também os “compromissos assumidos com base em ocasiões de receitas acrescidas espectáveis”, e lembra “as elevadas dificuldades de sobrevivência” de pequenas empresas.
Para o presidente da Câmara, Jorge Barroso, “no caso da Nazaré, o Carnaval é esperado com ansiedade pelas pequenas, micro ou empresas familiares, para poderem realizar receitas acrescidas”.
No entanto, o chefe do executivo diz estar ainda a estudar a possibilidade legal de contrariar a decisão do Governo e decidir pela tolerância de ponto para o concelho.
Em Alcobaça não há tolerância
Por sua vez, o presidente da Câmara de Alcobaça já disse que não iria dar tolerância de ponto aos funcionários do município, argumentando que os trabalhadores da autarquia são funcionários públicos, e estão em circunstância de igualdade com o restante setor da função pública.
Paulo Inácio segue assim a posição do Governo, concluindo não ser pelos trabalhadores da autarquia que o Carnaval não se realiza.
A posição de Paulo Inácio já foi criticada pelo vereador da CDU, Rogério Raimundo, que está de volta ao executivo, depois de uma ausência de 30 dias.
Segundo o vereador comunista, o presidente da Câmara “investe por um lado” mas “não conhece a realidade e faz mais disparate político”, numa referência à montagem da tenda frente ao Mosteiro para a terceira edição do Folia e Algazarra, que decorre de 16 a 22 de fevereiro.
(notícia publicada na edição de 10 de fevereiro de 2012)
Artur Ledesma
artur.ledesma@regiaodeleiria.pt