Um novo templo religioso está a surgir na praia do Pedrógão. Por lá, a sazonalidade faz-se sentir de muitas formas. Também na religião: “No verão, a capela que temos é pequena e por vezes é o caos, o espaço é limitado e não há onde estacionar”, explica Eugénio Fernandes, membro da comissão que organiza as festas que ajudam a angariar fundos para a obra que arrancou no início do ano passado.
Vagarosamente, ao ritmo das verbas disponíveis. “Começou com o dinheiro que tínhamos”. Cerca de 300 mil euros depois, a obra vê-se, mas está longe de terminada.
Está a cerca de 200 mil euros, números redondos, de chegar ao fim da primeira fase, isto é, de estar telhada e devidamente fechada.
Para além do espaço de culto católico, há ainda a valência de catequese e de centro de convívio que se pretende aí implementar. Quando? “Como as coisas estão, é complicado de prever”, diz este responsável.
A obra tem progredido ao sabor da boa vontade da população e do trabalho da comissão que gere o processo. “Temos feito festas, noites de fados, peditórios, entre outras iniciativas”, revela Eugénio Fernandes.
É certo que já contaram com o apoio do Santuário de Fátima, da Junta do Coimbrão e até da Câmara de Leiria. Mas há mais para terminar do que obra feita.
No Carnaval, será de esperar que a comissão de festas volte a puxar pela imaginação e desencante uma iniciativa que ajude a fé local a vencer os dissabores da sazonalidade.
Tudo indica que no próximo verão, contudo, a nova capela seja apenas mais um ponto que preenche os passeios dos veraneantes.
(notícia publicada na edição de 20 de janeiro 2012)
Carlos S. Almeida
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