Os músicos também sofrem lesões músculo-esqueléticas, decorrentes da prática musical. Como noutras profissões, o recurso à fisioterapia pode ajudar a prevenir e minimizar lesões “que afetam negativamente a performance dos músicos”.
Tenossinovite, síndrome de túnel cárpico, quisto sinosal, epicondilite e cervicalgia estão entre as lesões mais frequentes. Esta é a conclusão a que chegou um grupo de seis estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Fisioterapia da Escola Superior de Saúde de Leiria, no âmbito do projeto considerado inovador “Fisiomúsica”.
Além de estudar o impacto das lesões decorrentes do uso de força em excesso, do stresse, movimentos repetitivos, posturas incorretas ou instrumentos inadequados, os alunos pretendem alertar músicos amadores, profissionais e em formação para a adoção de práticas mais saudáveis quando ensaiam, tocam ou carregam e instalam os seus equipamentos.
Para este trabalho, desenvolvido no seio da unidade curricular de Fisioterapia em Cuidados Primários, os estudantes contactaram 30 músicos com vista à identificação de eventuais problemas e da incidência das diferentes lesões com diversos tipos de instrumentos utilizados.
Procuraram ainda saber se os músicos realizavam algum aquecimento prévio, se faziam alongamentos depois de tocar e se recorriam à fisioterapia.
Os resultados ainda não estão totalmente compilados mas o projeto pode ser acompanhado no Facebook.
A página inclui um vídeo promocional e testemunhos de músicos. Segundo os alunos, estudos anteriores revelam que 78% dos músicos profissionais sentem dor, cuja incidência atinge 87% entre os músicos em formação.
(notícia publicada na edição de 27 de janeiro de 2012)
Martine Raínho
martine.rainho@regiaodeleiria.pt